A experiência da linguagem e do sagrado no conto “A hora e vez de Augusto Matraga” de Guimarães Rosa sob a ocular de Martin Heidegger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Araujo, Renata Frederico Silva lattes
Orientador(a): Gross, Eduardo lattes
Banca de defesa: Dreher, Luís Henrique lattes, Fragoso, Fernando Antonio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Ser
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4311
Resumo: Nesta pesquisa buscamos desenvolver o tema da linguagem e do sagrado no pensamento de Martin Heidegger (1889-1976). O sagrado ganha destaque em seu pensamento a partir do diálogo com o poeta Hölderlin (1770-1843). Tal diálogo partiu de uma necessidade do seu pensamento e se tornou possível uma vez que o poema deste poeta coloca em questão a própria essência da poesia. Ao mostrar a necessidade de se avizinharem poesia e pensamento, Heidegger coloca em destaque a própria essência da linguagem. Dessa maneira, falar de uma experiência com a essência da linguagem é, pois, trazer à tona a necessidade de deixá-la ressoar em seu jogo poetar e pensar. O ser, por sua vez, se revela neste jogo uma vez que o seu “ocorrer essencialmente” se dá através da própria essência da linguagem. No que diz respeito ao sagrado, vemos que ele se revela como a tonalidade mesma da abertura na qual o ser se dá. Tal questão se mostra na existência do homem à medida que ele se exerce enquanto Dasein. Isso porque ao se exercer assim ele se constitui enquanto o procurador do ser (pensar) e o mantenedor da verdade do ser (poetar). Sendo assim, ele faz uma experiência com o sagrado ao fazer uma experiência com a essência da linguagem. A partir destas considerações buscaremos destacar em que medida a existência do personagem que dá título ao conto “A hora e vez de Augusto Matraga” do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) deixa ressoar esta experiência da linguagem e do sagrado.