Autobiografia e julgamento em Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Darlan Roberto dos lattes
Orientador(a): Noronha, Jovita Maria Gerheim lattes
Banca de defesa: Souza, Eneida Maria de lattes, Figueiredo, Euridice lattes, Pereira, Terezinha Maria Scher lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3387
Resumo: O presente estudo tem como objeto de análise Feliz Ano Velho (1982), do escritor Marcelo Rubens Paiva. Partindo de considerações acerca da escrita memorialística, nosso intuito é apontar possíveis leituras da obra em questão. A principal delas refere-se à cena judiciária na autobiografia, na qual o autor realiza uma dupla empresa: a inquisição de si mesmo e do regime militar. Nesse tribunal metafórico, as motivações de Marcelo seriam a culpa pelo próprio infortúnio – a paralisia corporal, após o mergulho em uma lagoa, e a revolta diante do desaparecimento do pai, ocorrido durante o período ditatorial brasileiro, nos anos 1970. Também faz parte de nossa pesquisa, a investigação das estratégias empreendidas pelo autobiógrafo, em sua busca por um veredicto satisfatório de seus leitores⁄juízes. O questionamento do paradigma da verdade e o desvendamento de uma retórica da sinceridade servem de embasamento neste nosso segundo objetivo.