Análise do ambiente da prática, clima de segurança e omissão de cuidados entre profissionais de enfermagem de um hospital de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campagnacci, Leticia Ribeiro lattes
Orientador(a): Dutra, Herica Silva lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Maria Cristina Soares lattes, Sanhudo, Nadia Fontoura lattes, Porto, Adrize Rutz lattes, Farah, Beatriz Francisco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14158
Resumo: A equipe de enfermagem é considerada um componente essencial de uma prática assistencial de qualidade e segura, por estar disponível a todo momento durante o período de internação e prestar assistência direta aos pacientes. A qualidade da assistência é influenciada pela adequação de ações da Segurança do Paciente, recursos materiais, dimensionamento de pessoal, estando associada a ambiente da prática de enfermagem, clima de segurança e índices de omissão de enfermagem. O objetivo deste estudo é avaliar a percepção dos profissionais de enfermagem sobre o ambiente da prática de enfermagem, clima de segurança e omissão de cuidados em um hospital de Minas Gerais. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo e correlacional. Foram utilizados os seguintes instrumentos: PES-NWI, SAQ e MISSCARE-Brasil para identificar a percepção dos profissionais de enfermagem. Participaram do estudo 143 profissionais de enfermagem, sendo 35% enfermeiros e 65% técnicos de enfermagem. Entre os resultados foi observado um ambiente da prática de enfermagem, com pontuação superior a 2,5, indicando um ambiente favorável à prática profissional, clima de segurança com média geral inferior a 75 pontos, valor de 72,54, considerado desfavorável. Em relação à omissão de cuidados de enfermagem, os mais frequentes foram: “participação em discussões da equipe interdisciplinar” (52,45%), “deambulação três vezes ao dia” (47,55%), “sentar o paciente fora do leito” (34,26%); e a “higienização das mãos” (0,70%) foi o cuidado considerado mais realizado na percepção dos profissionais da instituição. Quanto às razões da omissão de cuidados, foram mencionados “aumento inesperado do volume/gravidade dos pacientes” (74,82%), “número inadequado de pessoal para assistência ou tarefas administrativas” (70,63%), “situação de urgência dos pacientes” (67,83%). Houve diferença na percepção relacionada a “condições de trabalho” (p=0,04), “recursos laborais” (p=0,01) do SAQ e “dimensão ética” (p=0,03) do MISSCARE entre técnicos de enfermagem e enfermeiros. Foram observadas correlações positivas entre as subescalas do PES-NWI e do SAQ e correlação negativa foi observada entre as subescalas do MISSCARE-BRASIL e a subescala “adequação da equipe e de recursos”. O presente estudo evidenciou relação entre o ambiente da prática de enfermagem, o clima de segurança e a omissão de cuidados de enfermagem. Foi evidenciado correlação negativa entre ambiente da prática de enfermagem, clima de segurança com a omissão de cuidados, demonstrando que ambientes de prática favoráveis e clima de segurança positivos são fatores para a redução dos índices de omissão de cuidados de enfermagem. Os dados obtidos neste estudo podem contribuir tanto para instituição alvo da pesquisa quanto para as demais instituições, a fim de propor direcionamento de políticas institucionais voltadas para melhorias no ambiente da prática da equipe de enfermagem e no clima de segurança e redução dos índices de omissão de cuidados de enfermagem, bem como para incentivo a ações voltadas para a qualidade da assistência de enfermagem, segurança e satisfação dos pacientes.