Comportamentos de mães e filhotes de baleias-franca-austrais, Eubalaena australis (Desmoulins, 1822), em Santa Catarina, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Danielski, Mônica Lauriano lattes
Orientador(a): Andriolo, Artur lattes
Banca de defesa: Azevedo, Alexandre de Freitas lattes, Lopes, Paulo César de Azevedo Simões lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2925
Resumo: Em cetáceos, as relações entre mães e filhotes fazem parte de um composto complexo de elementos comportamentais. Baleias-franca migram no outono para regiões tropicais e temperadas exclusivamente para reprodução e cria de filhotes. Nessas áreas os filhotes permanecem com suas mães por volta de quatro meses, temporada que envolve um importante período de amamentação e estreito contato com sua mãe. O presente estudo teve como objetivo estudar os padrões comportamentais de mães e filhotes de baleias-fraca, suas interações espaciais, verificar as freqüências respiratórias dos pares e descrever o processo de aprendizagem do filhote através da imitação. Foram realizadas 37,5 horas de observações focais de 49 pares de mães e filhotes considerados distintos nas praias do Rosa e Ibiraquera, em Santa Catarina, ao longo das temporadas reprodutivas de 2006 e 2007. Foi observado para mães maiores médias de repousos e deslocamentos lentos, comportamentos de baixo custo energético. Filhotes apresentaram semelhantes médias de repousos, deslocamentos lentos, comportamentos aéreos e exposições, diretamente relacionados com seu processo de aprendizagem e desenvolvimento fisiológico ao longo da temporada reprodutiva. A imitação dos comportamentos das mães por seus filhotes aparece de forma expressiva no mês de outubro, pois nesse mês os filhotes já adquiriram grande coordenação e aptidão motora sendo possível imitar os comportamentos de suas mãe. As freqüências respiratórias de filhotes são maiores em relação à de suas mães nos meses de agosto e setembro, e sincronizam com elas nos meses de outubro e novembro. Durante toda temporada reprodutiva um contato direto entre mãe e filhote foi observado. O distanciamento entre eles vai aumentando ao longo dos meses, embora em novembro certa aproximação seja retomada, provavelmente devido ao processo de migração iminente. O tamanho dos filhotes também influencia na expressão dos comportamentos, sendo que filhotes de tamanho dois realizam maiores quantidades de exposições, e filhotes de tamanho um apresentam os menores valores de comportamentos aéreos.