Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pazeli Júnior, José Muniz
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Orientador(a): |
Pinheiro, Hélady Sanders
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Banca de defesa: |
Canziani, Maria Eugênia Fernandes
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Fernandes, Natália Maria da Silva
,
Bastos, Marcus Gomes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1962
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Resumo: |
A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial e o número de pacientes inscritos em programas de terapia de substituição de função renal vem crescendo progressivamente. A morbimortalidade dos pacientes com DRC é impressionante e se deve principalmente a doença cardiovascular. A remoção inadequada de líquidos durante a hemodiálise é um dos principais fatores responsáveis por esta evolução desfavorável. A hipervolemia crônica leva a hipertensão, hipertrofia ventricular esquerda, congestão pulmonar e aumenta as taxas de hospitalização e mortalidade. A hipovolemia, por outro lado, se associa com náuseas, vômitos, diminuição da qualidade de vida, perda da função renal residual, trombose do acesso venoso e redução da adequação da diálise, devido às frequentes interrupções das sessões de diálise. O peso seco, definido como o menor peso atingido pelo paciente no final das sessões, quando a maior parte do excesso de líquido acumulado tenha sido removido, ainda é avaliado clinicamente, mas tem fraca correlação com a verdadeira volemia. Apesar de não podermos contar com método que seja “padrão-ouro”, devido às limitações na acurácia e aplicabilidade, várias exames complementares tem sido estudados e validados para a determinação mais precisa da volemia em pacientes dialíticos, incluindo a avaliação ultrassonográfica da veia cava inferior (VCI). O alto custo dos ecocardiógrafos e a necessidade de um ecocardiografista para operá-los têm impedido a disseminação da ultrassonografia para avaliar a VCI e, consequentemente, a volemia. Nós hipotetizamos que a classificação volêmica baseada na determinação do diâmetro expiratório da VCI indexado pela superfície corpórea (DVCIi) e o índice de colabamento inspiratório da VCI (ICVCI) realizada por médico nefrologista, sem especialização em ultrassonografia, é similar àquela obtida no mesmo exame realizado por médico especialista em ecocardiografia utilizando um ecocardiógrafo padrão (ECO) ou um equipamento de ultrassom convencional (US). Neste estudo transversal, um ecocardiografista experiente e um nefrologista sem especialização formal em ultrassonografia avaliaram consecutivamente o DVCIi e o ICVCI de 52 pacientes, durante as sessões de hemodiálise. No protocolo I, o nefrologista usou o US e o cardiologista usou o ECO; no protocolo II os aparelhos foram invertidos entre os pesquisadores. Em ambos os protocolos, os coeficientes de Pearson e kappa foram utilizados para avaliar a correlação entre as variáveis contínuas e categóricas, respectivamente. A concordância entre os examinadores foi avaliada pelo Bland-Altman. Obtivemos imagens de boa qualidade da VCI em 96% dos pacientes. As avaliações do DVCIi apresentaram forte correlação em ambos os protocolos (r= 0,88 e 0,84, nos protocolos I e II, respectivamente). A correlação entre as classificações volêmicas foi excelente no protocolo I (kappa = 0,82 e 0,93 pelo DVCIi e ICVCI, respectivamente) e substancial no protocolo II (kappa = 0,77 e 0,75 pelo DVCIi e ICVCI, respectivamente). A concordância entre os examinadores pelo gráfico de Bland-Altman das avaliações de DVCIi foi também muito boa em ambos os protocolos. Nefrologistas sem especialização formal em ultrassonografia usando um US podem avaliar a volemia de pacientes dialíticos através da ultrassonografia de VCI. O mesmo equipamento que já equipa as clínicas de diálise e é utilizado para diversas outras finalidades, como biópsia renal guiada, acesso venoso guiado, avaliação do trato urinário, mapeamento vascular e estudo das fístulas e enxertos, pode ser utilizado para determinação do peso seco. Esperamos assim, reduzir custos e melhorar a qualidade do atendimento dos pacientes dialíticos, através da disseminação da avaliação ultrassonográfica da VCI. |