Efeitos das estratégias de retreinamento de marcha em desfechos clínicos e biomecânicos em indivíduos com osteoartrite de joelhos: uma revisão sistemática com metanálise e recomendações GRADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castro, Rayane Quintão lattes
Orientador(a): Fonseca, Diogo Simões lattes
Banca de defesa: Felício, Diogo Carvalho lattes, Alvim, Felipe Costa lattes, Lucareli, Paulo Roberto Garcia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16703
Resumo: A osteoartrite de joelhos gera dor e incapacidade mundialmente. A alta prevalência da doença associada às suas repercussões instiga o estudo de estratégias que gerem alívio dos sintomas e redução da velocidade de progressão da doença. Considerando tais aspectos, o presente trabalho possui dois objetivos: 1) revisar sistematicamente a literatura no que diz respeito às estratégias neuromusculares de retreinamento de marcha aplicadas a indivíduos com osteoartrite de joelhos e seus efeitos sobre desfechos biomecânicos e clínicos; 2) apresentar o protocolo de um ensaio clínico que objetivará comparar o efeito do retreinamento de marcha associado ao fortalecimento da musculatura de joelho e quadril, sobre dor, função auto relatada, torque muscular e parâmetros espaço-temporais e cinemáticos da marcha de indivíduos com osteoartrite de joelhos. No que se refere à revisão sistemática com metanálise, foram identificadas diferentes estratégias de retreinamento, como marcha retrógrada, marcha em toe-out e uso de abordagens livres. A metanálise revelou uma diferença estatisticamente significante com evidências de alta qualidade favorecendo o retreinamento da marcha para dor (MD = -1,22; IC 95%: [-1,48; - 0,96]; I2 = 14%; P = 0,32) e função (DMP = -0,82; IC 95%: [-1,24; -0,41]; I2 = 22%; P = 0,28). Foi observada diferença estatisticamente significante também favorável ao retreinamento da marcha para o primeiro momento adutor do joelho (MD = -0,20; IC 95%: [-0,38; -0,02]; I2 = 84%; P < 0,01). As comparações indicaram semelhança entre os grupos para o segundo momento adutor do joelho (MD = −0,16; IC 95%: [−0,47; 0,16]; I² = 79%; P = 0,03) e para o momento flexor do joelho (MD = 0,07; 95). IC %: [-0,07; 0,20]; I2 = 76%; P = 0,02). O segundo trabalho, por se tratar de um protocolo de ensaio clínico ainda não possui resultados que demonstrem benefícios de uma estratégia em detrimento de outra. Contudo, até o momento, sabe-se que o protocolo fornece uma descrição detalhada de todos os procedimentos que serão realizados, permitindo a replicação dos métodos em diferentes populações. Por fim, é relevante salientar que ambos os trabalhos preenchem lacunas no que diz respeito ao processo de cuidado de indivíduos com osteoartrite de joelhos. Ainda cabe enfatizar que se complementam, uma vez que a definição dos parâmetros utilizados no retreinamento de marcha e descritos no protocolo advém, em parte, dos achados da revisão sistemática.