O funcionamento diferencial do item de língua portuguesa: análise das causas e conseqüências no contexto do programa Nova Escola-RJ e do PROEB-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Rodrigues, Edilene Noronha lattes
Orientador(a): Soares, Tufi Machado lattes
Banca de defesa: Magrone, Eduardo lattes, Rodrigues, Sul Brasil Pinto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5320
Resumo: O funcionamento diferencial do item ocorre quando um item é aplicado a dois grupos de alunos com mesma habilidade cognitiva e esses grupos obtêm desempenhos diferenciados ao responderem a esse item, levando um grupo a apresentar melhores resultados que o outro. O presente estudo levou em consideração grupos de alunos do sexo feminino e do masculino de diferentes grupos raciais e alunos de regiões distintas dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os resultados estatísticos obtidos entre dois grupos de alunos podem demonstrar que um grupo está sendo beneficiado em relação ao outro. A importância de realizar a análise do funcionamento diferencial – DIF– dos itens nos diferentes grupos de alunos se justifica, para que a proficiência estimada seja de boa qualidade, e os resultados possam ser adequadamente equalizados. Pode também apontar uma diferenciação pedagógica entre as regiões escolares, devido a uma maior exposição ao tema ou maior ênfase curricular, diferenças culturais associadas a diferenças sócio-econômicas, ou diagnosticar deficiências pedagógicas existentes. O objetivo da pesquisa é identificar e analisar os itens de Língua Portuguesa, especificamente das 3ª, 4a e 5ª séries do Ensino Fundamental, referentes aos testes aplicados em 2005 pelo Programa Nova Escola e pelo Simave/Proeb, que apresentaram funcionamento diferencial, segundo sua dificuldade, para alunos de diferentes regiões e com diferenças de gênero e raça, no Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Inicialmente, apresentou-se uma revisão histórica da avaliação em larga escala no Brasil e dos principais programas de avaliação executados nos Estados; sem pretensão de esgotar o assunto, alguns métodos de medidas em avaliação educacional em larga escala e a construção da escala de habilidades foram descritos. A seguir, procurou-se descrever o Funcionamento Diferencial do Item – DIF, os principais métodos para sua detecção e sua evolução histórica. Posteriormente, identificou-se o Funcionamento Diferencial-DIF em itens do Programa Nova Escola e do Simave/Proeb, foram classificados os encontrados e que geraram hipóteses para explicar o DIF. No presente estudo constatou-se que nem todos os itens diagnosticados com DIF são ruins para efeito de avaliação, pois eles podem trazer informações importantes para diagnóstico do sistema educacional do Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais; por intermédio deles, podem-se diagnosticar as deficiências curriculares, indícios de discriminações raciais ou diversidades culturais. Assim, nem sempre o procedimento mais adequado é a sua retirada dos testes.