Investigação da atividade antibacteriana in vitro e caracterização química do extrato etanólico de folhas de Coffea arabica L.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00052 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14025 |
Resumo: | A espécie Coffea arabica L. corresponde a mais de 60% de todo o café produzido no mundo. O produto que de fato é comercializado internacionalmente são seus grãos verdes, enquanto suas folhas são consideradas um resíduo. O aproveitamento das folhas de café revela-se promissor uma vez que estão amplamente disponíveis e são fontes de diversas substâncias bioativas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana in vitro do extrato etanólico liofilizado de folhas de café arábica (EE-CaL) e investigar os compostos presentes nesse extrato. O efeito antibacteriano in vitro de EE-CaL foi avaliado usando o método de microdiluição em caldo e o método de drop plate em ágar adaptado para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM), respectivamente. Foram selecionadas cepas bacterianas de referência Grampositiva [Staphylococcus aureus subsp. aureus Rosenbach (ATCC 29213)] e Gramnegativa fermentadora [Escherichia coli (Migula) Castellani and Chalmers (ATCC 25922)] e não-fermentadora [Pseudomonas aeruginosa (Schroeter) Migula (ATCC 27853 e ATCC 9027)] com base na lista de bactérias patogênicas prioritárias para orientar a descoberta, pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A caracterização química de EE-CaL foi realizada por meio de CLUE-EM-Q-ToF. EE-CaL foi ativo frente a S. aureus (ATCC 29213) e E. coli (ATCC 25922), sendo mais efetivo frente a esta última (CIM = 2500 μg/mL e efeito bactericida), e sendo inativo frente a P. aeruginosa (ATCC 27853 e ATCC 9027) nas concentrações testadas. A análise química de EE-CaL revelou a presença de compostos da classe dos alcaloides, como a trigonelina e a cafeína, além de compostos fenólicos como o ácido quínico, ácido 5-cafeioquínico, ácido cafeico-O-hexosídeo, mangiferina, (epi)catequina, (epi)catequina mono glicosídeo e trímero de procianidina. A maioria desses compostos apresentam atividade antimicrobiana descrita na literatura, incluindo frente a E. coli e S. aureus, sendo assim, eles podem estar relacionados com a atividade antibacteriana observada em EE-CaL no presente estudo. |