Formação continuada de professores que ensinam matemática para o trabalho com alunos surdos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Klôh, Leticia de Medeiros lattes
Orientador(a): Carneiro, Reginaldo Fernando lattes
Banca de defesa: Monteiro, Sandrelena da Silva lattes, Frant, Janete Bolite lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9981
Resumo: Diante da política de inclusão, torna-se necessário a formação de professores para o conhecimento das particularidades dos alunos surdos, para o rompimento com o ensino de matemática descontextualizado e para a reflexão sobre os aspectos de sua prática. Considerando os desafios que se apresentam aos professores no contexto da educação inclusiva, surge como questão norteadora deste estudo: Quais as contribuições de uma formação continuada de professores, direcionada à educação de surdos, no ensino e aprendizagem da matemática? Para responder essa questão, temos como objetivo geral identificar as contribuições de uma formação a respeito da surdez para práticas de educação matemática em classes inclusivas e especiais. E como objetivos específicos: Identificar as concepções dos professores sobre a educação matemática de surdos; Analisar as necessidades formativas de professores que ensinam matemática a alunos surdos; Compreender as dificuldades, preocupações e carências sentidas por professores que ensinam matemática na educação de alunos surdos e; Contribuir para a discussão sobre a formação de professores e a educação de surdos. A pesquisa é de natureza qualitativa e foi desenvolvida em uma formação de professores para os docentes que lecionam matemática a alunos surdos na rede municipal de ensino de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Para tanto, os dados foram produzidos por meio do diário de campo, da gravação em áudio dos encontros presenciais, que foram posteriormente transcritos, das narrativas escritas pelos próprios professores participantes e de um questionário. A análise de dados foi realizada a partir da teoria da análise de conteúdo e, nesse processo, emergiram dois grandes eixos de análise compostos por sub-eixos. O primeiro denominado de “O surdo na sala de aula inclusiva e na escola especial” se constituiu pelos sub-eixos: Interação entre surdos e ouvintes; A questão do tempo em sala de aula; Dificuldades de abstração; Inclusão de surdos; Linguagem e comunicação; Relação idade e ano escolar; O surdo e a família e; A matemática no cotidiano do surdo. Já o segundo eixo intitulado “O professor na Educação de Surdos” incluiu Formação e preparação para atuar com alunos surdos; Intérprete de Libras; Estratégias didáticas e adaptações curriculares; Planejamento; Outros tempos e; Avaliação. A análise dos dados evidenciou a preocupação das participantes com a falta de interação entre os alunos surdos e os ouvintes, assim como com o tempo que é diferente para eles. Também que é fundamental que o surdo seja colocado na escola na idade certa, já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, preferencialmente já usuário da Libras, para que ele seja alfabetizado, o que permitirá sua comunicação. As discussões também explicitaram que a formação continuada é fundamental e a direção da escola precisa permitir que os docentes participem de diferentes espaços formativos. Foi destacado ainda o papel do intérprete que não pode assumir as funções do professor e os desafios enfrentados por esse ator. Além disso, que o professor precisa utilizar em sala de aula diferentes estratégias e materiais manipuláveis, jogos e tecnologias para alcançar os surdos e também os ouvintes.