O encontro de dois oceanos: a Ordem Sufi Chishti na Índia e o diálogo com as tradições do hinduísmo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Delano de Jesus Silva lattes
Orientador(a): Loundo, Dilip lattes
Banca de defesa: Berkenbrock, Volney José lattes, Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes, Souza, Carlos Frederico Barboza de lattes, Chagas, Gisele Fonseca lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5544
Resumo: A presente tese, desenvolvida a partir da perspectiva da mística comparada, analisa alguns elementos históricos, doutrinários e praxiológicos que proporcionam e favorecem o diálogo inter-religioso e inter-civilizacional entre o sufismo da Ordem Chishti na Índia e as tradições hindus. A pesquisa disserta sobre a presença inicial do islã na índia e a importância do sufismo persa para o diálogo com o hinduísmo. Procura-se demonstrar iniciativas de comunicação realizadas pelos primeiros sufis chishtis que se estabeleceram no subcontinente indiano que contribuíram para esse processo de interação. A pesquisa também trata de questões filosófico-teológicas da Ordem Chishti e suas práticas espirituais que servem como eixos de aproximação entre as duas tradições destacando a importância da religiosidade popular na forma de música (qawwãli) e espaços sagrados (dargãhs) que revelam o pluralismo da estrutura religiosa indiana. A tese aponta para um modelo não-ocidental de diálogo inter-religioso vivenciado por esses encontros entre as duas maiores religiões da Índia. Por um lado, esse intercâmbio espiritual entre hindus e muçulmanos é mediado pela mística islâmica, ou sufismo, e por outro pela tradição dos Upanisads. Um traço comum em ambas as tradições é a abertura dialógica e o compromisso com a dignidade humana.