Por onde andam os gogoboys de Juiz de Fora? Território, mercado e performance entre os profissionais masculinos de dança erótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira, Ronan de Almeida lattes
Orientador(a): Dutra, Rogéria Campos de Almeida lattes
Banca de defesa: Santos, Raphael Bispo dos lattes, França, Isadora Lins lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7089
Resumo: Este trabalho traz como proposta a investigação da construção social dos profissionais masculinos da dança erótica, conhecidos como Gogoboys. Através da pesquisa qualitativa, baseado na etnografia, procurou conhecer o universo de atuação destes profissionais na cidade de Juiz de Fora – MG (Brasil), associado à realização de entrevistas com estes atores sociais, seja em atuação, seja com aqueles que desempenharam esta atividade no passado, procurando analisar a construção do corpo masculino, o papel da dança, bem como a perspectiva desta atividade como forma de complementação de renda. A pesquisa também se baseou na investigação do tema no campo virtual, através de sites e blogs, assim como na realização de entrevistas com profissionais em atuação na cidade do Rio de Janeiro. A prática da dança erótica realizada por homens é marcadora social de diferenças, a começar pelo corpo, pela representação de uma masculinidade fundada principalmente no imaginário coletivo, que o vincula a outros tipos de performances sexuais. Aqui, associo o personagem gogoboy com outras modalidades de danças erótica, evidenciando a coexistência de atividades afins na extensa segmentação do mercado erótico. A proposta, no entanto, não é apenas pensar o corpo e a dança como mote fundador deste agrupamento social, como um indivíduo que dança e tira a roupa, mas de sua técnica como produção de desejo e o próprio aprendizado do personagem, como ele se estabelece e desenvolve suas práticas, na cidade. Minha atenção para sua produção local, como uma atividade utilizada para marcar identidade e gênero, tem como princípio sua existência virtual, compartilhada no espaço cibernético. Embora a existência e atuação deste personagem ultrapasse as fronteiras locais, sua construção é constantemente atualizada localmente, de acordo com seu campo de possibilidades.