Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2024 |
| Autor(a) principal: |
Polo, Ana Bárbara
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| Orientador(a): |
Fabri, Rodrigo Luiz
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| Banca de defesa: |
Lemos, Ari Sérgio de Oliveira
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Bessa, Martha Eunice de
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| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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| Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Área do conhecimento CNPq: |
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| Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17280
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Resumo: |
As queimaduras constituem um problema de saúde pública mundial, representando uma das principais causas de morbidade, gerando baixa qualidade de vida do acometido, desfiguração e até mesmo incapacidade. É o quarto problema mais comum causado por trauma no mundo, chegando até a 180.000 mortes por ano. Sua classificação se dá em graus, sendo que quanto maior o grau, maior a gravidade associada. Um problema muito comum associado às queimaduras são as infecções secundárias. Estas ainda representam cerca de 61% das causas de óbito em queimados, mesmo após melhora terapêutica ao longo dos anos. As infecções secundárias apresentam alguns microrganismos-chave no processo infeccioso, como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. No entanto, muito ainda precisa ser feito para melhorar o tratamento das queimaduras, visto que as vítimas de queimaduras apresentam imunossupressão, baixa capacidade de absorção de antimicrobiano no tecido, além de poderem apresentar microrganismos multirresistentes como colonizadores das lesões, culminando na falha do tratamento. A quitosana é um biopolímero interessante em relação às suas propriedades, apresentando boa aderência, ausência de citotoxicidade, atividade antimicrobiana e cicatrizante. Paralelamente, a óleo-resina de alecrim (ORA) também possui atividades antimicrobianas, anti-inflamatórias e antioxidantes interessantes. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi formular um filme polimérico à base de quitosana com ORA em diferentes concentrações visando o controle das infecções secundárias em lesões por queimadura. Primeiramente foi avaliada atividade antibacteriana da ORA frente a um screening, por meio de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Microbicida Mínima (CMM), tendo a mesma apresentado bom desempenho e atividade bacteriostática para todas as espécies testadas. Posteriormente foram realizados teste de cinética de morte para duas estirpes de S. aureus, nos quais foi possível verificar que a ORA atrasa a fase log de S. aureus por, pelo menos, 6 horas. Entretanto, após 24 horas as bactérias voltaram a crescer, o que confirma a ação bacteriostática observada no CMM. Em relação aos filmes formulados, foram obtidos filmes homogêneos em relação à mistura de seus constituintes, mas com presença de irregularidades nas suas superfícies, variando de acordo com a concentração de ORA e a temperatura de secagem utilizada. Os filmes também foram avaliados em relação aos parâmetros de qualidade peso médio, espessura, umidade, intumescimento e solubilidade, apresentando características adequadas para um futuro filme curativo. A análise de espectroscopia Raman e FT-IR permitiram a avaliação das interações moleculares entre os constituintes da formulação, além da identificação de grupos funcionais deles, como regiões correspondentes a ligações C-O presentes em álcoois e fenóis, assim como regiões de O-H referentes às ligações de hidrogênio. Por fim, a atividade antibacteriana dos filmes pela técnica de disco-difusão demonstrou atividade para as espécies testadas, embora em uma menor escala do que o controle de atividade iodopolividona a 10%. Assim, conclui-se que foi possível obter uma formulação de filme à base de quitosana e ORA, apresentando estes potenciais promissores no manejo de queimaduras considerando o controle das infecções secundárias e a necessidade da constante pesquisa para desenvolvimento de formulações tópicas bioativas que sejam mais eficazes para o paciente. |
