O discurso de revolução na construção da República no Brasil (1869 - 1889)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00053 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14479 |
Resumo: | A partir da contribuição da História Intelectual do Político, este trabalho de caráter revisionista, a contrapelo, tem por objetivo investigar o desenvolvimento de uma Retórica da Revolução, expressa nos atos de fala de remarcados agentes, envolvidos na construção da Propaganda Republicana no Brasil, no intervalo entre os anos de 1869 e 1889. No âmbito do quadro de opções possíveis para solver a questão da forma de governo, assevera-se que a via radical, preanunciada no dilema liberal “Reforma ou Revolução”, inspirado na história política francesa da Monarquia de Julho, não foi descartada no referido recorte espaço-temporal. A despeito de a proposta reformista pacífica e legal ter prevalecido, também no plano discursivo, entre os liberais históricos signatários do Manifesto do Centro de 31 de Março de 1869; no programa dos liberais-radicais; entre os signatários do Manifesto Republicano de 03 de Dezembro de 1870. À medida em que aproximou o Centenário da Tomada da Bastilha, anualmente celebrado no Império do Brasil ao longo da década de 1880, houve o aumento do anseio pela opção de uma saída alternativa, por parte do núcleo radical dos membros da parcela republicana dos “letrados de 1870”. Em razãodo estilo retórico-literário de formação superior dos agentes brasileiros, elementos da matriz francesa do Republicanismo moderno foram apropriados, de sobremodo, na composição do discurso radical hostil à continuidade da Monarquia. Foram considerados fatores explicativos para o progressivo esmaecimento da radicalização republicana os seguintes: o receio de reação repressiva da parte de autoridades ligadas à força pública; a hesitação à violência entre os próprios adeptos da via radical; a vastidão de dimensões continentais do território brasileiro; a ausência de reação monarquista imediata à Conspiração civil e militar, executada no dia 15 de Novembro de 1889; a gradual transformação das estruturas do país,desde meados do Oitocentos; a assimilação teórica da Revolução radical pelo Evolucionismo político. Analisados em conjunto, acredita-se que os fatores apontados contribuem para explicar, nos anos inaugurais da Primeira República, a vitória inicial do projeto liberal conservador, estabelecido pela Carta Constitucional de 1891, litigiosamente tornado hegemônico no decorrer da primeira década republicana |