Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Novais, Mariana Cristina Borges
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Orientador(a): |
Mourão, Ludmila Nunes
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Banca de defesa: |
Goellner, Silvana Vilodre
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Souza Júnior, Osmar Moreira de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7097
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Resumo: |
Esta pesquisa buscou refletir sobre as trajetórias e experiências de mulheres que ocupam o cargo de treinadoras de futebol, espaço tradicionalmente direcionado aos homens em nossa sociedade. Além desse objetivo, buscou-se compreender como se dá o processo de inserção e permanência dessas mulheres nas comissões técnicas; identificar os desafios na construção de suas carreiras e; conhecer seus anseios acerca das perspectivas de ascensão na carreira como treinadora. Esta pesquisa possui natureza qualitativa e caráter descritivo. Como metodologia, foram utilizados os referenciais e pressupostos da História Oral Temática. A técnica de coleta de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada, realizada com um grupo de nove treinadoras que atuaram no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino Caixa (Brasileirão) e Copa do Brasil no ano de 2016. A pesquisa se desenvolveu de maneira online e por telefone, durante dez meses, no período de março de 2017 a janeiro de 2018. A partir dos dados coletados, percebemos que as trajetórias das treinadoras do futebol de mulheres no Brasil são marcadas pela transposição de barreiras e superação de desafios, desde o período em que ocupavam a posição de desportistas até chegarem ao cargo de treinadoras. O processo de inserção e permanência das treinadoras nas comissões está relacionado ao alto grau de capacitação que apresentam, bem como ao bom desempenho enquanto atletas e profissionais da Educação Física. As treinadoras acreditam em possibilidades de ascensão em meio às novas regras impostas pelos órgãos responsáveis pelo futebol do Brasil e da América, e em função de conquistas recentes de suas semelhantes. Entretanto, elas ainda observam muitas barreiras para permanecerem e ascenderem na profissão, além de considerarem que a carreira ainda é incipiente e apresenta condições aquém daquelas oferecidas aos homens. As trajetórias das treinadoras traduzem a eminente resistência oferecida pelas mulheres em espaços tradicionalmente reservados aos homens e apontam para a eficácia das estratégias de subversão utilizadas, as quais abalam as relações de poder estabelecidas nesse campo e questionam os discursos de interdição instituídos na sociedade. |