Avaliação do microclima e pressão de interface como fatores de risco de lesão por pressão: aplicabilidade clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Martins, Anita Fernanda Magalhães lattes
Orientador(a): Santos, Kelli Borges dos lattes
Banca de defesa: Souza, Norma Valéria Dantas de Oliveira lattes, Castro, Edna Aparecida Barbosa de lattes, Nogueira, Paula Cristina lattes, Carbogim, Fábio da Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16267
Resumo: Introdução: a aplicação constante e prolongada de pressão sobre áreas de proeminências ósseas, desencadeia diversas reações fisiológicas que levam ao surgimento das lesões. No entanto, existem outros fatores externos que podem acelerar esse processo, como o microclima e a pressão de interface. Por serem variáveis externas, esses fatores podem ser facilmente controlados e mudados, uma vez que são conhecidos e observados, o que favorece a prevenção e lesões por pressão. Objetivo: avaliar as características de microclima, que incluem temperatura, umidade e oleosidade da pele, além da pressão de interface, nas regiões corporais consideradas de risco ao desenvolvimento de lesões por pressão em pacientes com mobilidade restrita. Método: Trata-se estudo transversal, analítico e, realizado com pacientes adultos, com restrição de mobilidade e internados em hospital universitário de Minas Gerais. Os dados foram coletados por meio de instrumento estruturado, que contempla informações sociodemográficas, exame físico, hábitos de vida, história de saúde atual e pregressa, características da pele e medidas preventivas. Os dados foram coletados de setembro de 2022 a fevereiro de 2023, e analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Foram excluídos pacientes em precaução de contato e/ou por aerossol. Os dados foram analisados por meio de programa estatísticos, Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 25, trial. Para descrever o perfil da amostra foram elaboradas tabelas de frequência com as variáveis sociodemográficas. A Escala de Braden foi utilizada como parâmetro de mensuração de risco, conforme protocolo institucional. Os dados analisados por meio do teste x² e teste T para as variáveis quantitativas. Resultados: O tempo médio para coleta de dados e uso do dispositivo foi de 25 minutos. A maioria dos participantes era do sexo feminino (57,5%), raça branca (55%), com baixa escolaridade (57,5%) e idade média de 59 anos. A presença de comorbidades foi encontrada em 87,5% dos pacientes. Os diagnósticos nutricionais de baixo peso ou eutrófico somaram 72,5%. A incontinência, com necessidade de uso de fralda foi predominante, aparecendo em 70% dos pacientes. O tabagismo pregresso ou atual se destacou, sendo relatado por 75% dos participantes. As áreas corporais que apresentaram maior pressão de interface foram calcâneas e sacrais, com valores de pressão média de: 62 mmHg e 39,9 mmHg, respectivamente. Conclusão: o sensor de umidade e oleosidade da pele é de simples aplicação e sua utilização demonstrou-se clara e de fácil manuseio. A temperatura foi facilmente aferida, uma vez que se utiliza termômetro infravermelho de uso já dominado pela equipe. O sensor de interface, embora seja instrumento menos usual, demonstrou-se factível em ambiente clínico desde que a equipe esteja bem treinada. Além disso, é possível identificar o valor da pressão exercida no tecido cutâneo correspondente ao risco de ocorrência de lesão por pressão.