O discurso do “bom professor”: habilidades e competências na perspectiva do pacto nacional pela alfabetização na idade certa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maurício, Rafaela Cristina Lopes lattes
Orientador(a): Lemos, Daniel Cavalcanti de Albuquerque lattes
Banca de defesa: Silva, José Cláudio Sooma lattes, Lopes, Jader Janer Moreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6812
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os discursos produzidos acerca da conduta docente, percebendo, principalmente, como o discurso do “bom professor” foi sendo construído. Partimos do pressuposto de que esse discurso está articulado a espaços de poder que permitem e legitimam sua enunciação e a feixes de relações que lhe conferem reconhecimento. Para tanto, recorremos às ações de formação continuada para os professores alfabetizadores, instauradas pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), um programa do governo federal que estabelece um compromisso formal articulado entre o Distrito Federal, os estados e municípios do território brasileiro, com o intuito de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental. Entendemos que a legislação escolar vem sendo utilizada largamente como fonte na pesquisa em educação, e ressaltamos a necessidade e o cuidado de se operacionalizar esse tipo de fonte específica, distanciando-se da forma das transposições mecânicas das mesmas e/ou de tomá-la como uma forma ingênua, já que ela é resultado de debates e disputas advindas de um diálogo com sociedade, tradições e costumes. Torna-se relevante abordar criticamente o discurso do “bom professor” implícito nas normatizações formativas, uma vez que as instâncias governamentais compreendem que esse profissional se forja, necessariamente por meio da formação. Além disso, compreendemos que a concepção de “bom”, imposta pelo Estado, não se mantém inalterada, pois sofre mutações de acordo com as necessidades e interesses políticos, econômicos e sociais.