Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Cláudia Soares dos
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Orientador(a): |
Lucchetti, Giancarlo
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Banca de defesa: |
Ezequiel, Oscarina da Silva
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Banhato, Eliane Ferreira Carvalho
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3156
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Experiências espirituais no final da vida (ELEs) e fenômenos à beira do leito são comumente relatados de forma anedótica. Porém, ainda existem poucos estudos que tenham avaliado sistematicamente essas experiências. OBJETIVOS: Objetiva-se descrever e comparar as características e a prevalência das ELEs de acordo com relatos de profissionais de saúde em diferentes instituições (Unidade de cuidados paliativos, Instituições de Longa Permanência e Hospital oncológico) e avaliar a influência das crenças religiosas nesses relatos. MÉTODOS: Estudo multicêntrico, conduzido em Instituições de Longa Permanência (ILPI) em Juiz de Fora e no Hospital de Câncer de Barretos (Unidade oncológica-ONC e Cuidados Paliativos-PC), no Brasil. Foram avaliados dados sócio-demográficos, relatos de ELEs (pelo questionário de Fenwick), religiosidade (DUREL), espiritualidade (SRSS) e saúde mental (DASS 21). A análise foi feita através de ANOVA e qui-quadrado. RESULTADOS: 133 profissionais (46 ONC; 36 PC e 51 ILPI‟s) foram entrevistados, sendo que 70% tiveram relatos de ELEs nos últimos 5 anos. As principais ELEs relatadas foram “visões de parentes falecidos buscando o falecido” (n=82, 88,2%), “desejo súbito de reconciliamento” (n=79, 84,9%) e “parentes falecidos próximos ao leito proporcionando conforto” (n=75, 80,6%). A maioria dos profissionais (70-80%) acreditava que tais experiências tinham um cunho espiritual e não ocorriam por condições biológicas. Na comparação entre os grupos, PC tiveram mais relatos que os demais grupos e relataram maior abertura frente ao tema e maior interesse em um treinamento. As crenças individuais não interferiram de forma importante na percepção das ELEs. CONCLUSÃO: O estudo mostrou uma grande prevalência de ELEs relatadas por profissionais de saúde, associadas a opinião de que essas experiências seriam espirituais. Apesar de comum em todas as instituições, profissionais que atuam com cuidados paliativos referiram mais ELEs, maior abertura em sua instituição e maior desejo de treinamento. As crenças religiosas e espirituais tiveram pouca influência nos relatos de ELEs pelos profissionais, mostrando que não esse não foi um aspecto determinante para sua percepção. |