Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Junqueira, Laura de Andrade
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Orientador(a): |
Brandão, Marcos Antônio Fernandes
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Banca de defesa: |
Tavares, Guilherme Diniz
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Polonini, Hudson Caetano |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8633
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Resumo: |
A vitamina D3 é produzida na pele a partir da exposição à radiação ultravioleta, podendo também ser obtida através da dieta. Atualmente, a deficiência e insuficiência de vitamina D3 são comuns na população; entretanto, este composto apresenta biodisponibilidade oral variável, o que dificulta a suplementação. A vitamina D3 é importante na regulação do metabolismo osteomineral; além disso, potenciais ações extra-esqueléticas vêm sendo propostas (ações no sistema imune, sistema cardiovascular e na carcinogênese). Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação transdérmica contendo vitamina D3. Para isso, foram produzidos carreadores lipídicos nanoestruturados contendo vitamina D3, através do método de homogeneização por alto cisalhamento seguido de ultrassonicação. As nanopartículas produzidas foram caracterizadas em relação ao tamanho de partícula, índice de polidispersão, potencial zeta, eficiência de encapsulação, estabilidade e morfologia. Além disso, a citotoxicidade da nanopartícula foi avaliada em cultura de células de fibroblastos murinos. O carreador lipídico nanoestruturado produzido e a vitamina D3 (matéria-prima) foram incorporados separadamente em veículo transdérmico, dando origem a duas formulações. As emulsões desenvolvidas, bem como a nanopartícula, foram avaliados em relação à degradação da vitamina D3, liberação in vitro da molécula e também sua permeação ex vivo. As nanopartículas apresentaram tamanho adequado para aplicação tópica (192,5 ± 10,5 nm), distribuição estreita de tamanho (índice de polidispersão = 0,13 ± 0,04), formato esférico e elevado valor absoluto de potencial zeta (29,0 ± 0,6 mV). Suas características de tamanho e índice de polidispersão mantiveram-se estáveis durante 15 dias quando armazenadas em geladeira e por pelo menos 30 dias à temperatura ambiente e 32 °C. Além disso, a vitamina D3 foi eficientemente encapsulada (99, 75 ± 0,03% eficiência de encapsulação). As nanopartículas de vitamina D3 demonstraram diminuição da citotoxicidade da molécula, quando avaliada em modelo de cultivo de células de fibroblastos murinos (L929). No armazenamento em geladeira, a nanopartícula manteve seu teor de vitamina D3 por 7 dias. A emulsão de vitamina D3 (matériaprima) apresentou diminuição da degradação sob temperatura de 32 °C, quando comparado a vitamina D3. Enquanto a emulsão contendo nanopartícula minimizou a degradação da vitamina D3 em todas as condições de armazenamento analisadas, em comparação à nanopartícula. Entre as formulações desenvolvidas, a nanopartícula liberou a maior quantidade de vitamina D3. Todas as formulações seguiram modelo de cinética de difusão de Higuchi. Ambas as emulsões transdérmicas foram capazes de promover a permeação de quantidades suficientes de vitamina D3 para atender as necessidades nutricionais diárias. |