Estudo fitoquímico e avaliação da atividade esquistossomicida in vitro dos extratos e metabólitos de Solidago microglossa MEYEN (Asteraceae) e Aristolochia cymbifera MART & ZUCC (Aristolochiaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Poliana da Silva lattes
Orientador(a): Silva Filho, Ademar Alves da lattes
Banca de defesa: Moraes, Josué de lattes, Faria Pinto, Priscila de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14498
Resumo: A esquistossomose afeta cerca de 207 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, estima-se que o número de pessoas infectadas está entre 4-6 milhões de pessoas sendo Minas Gerais um dos estados que tem o maior número de casos de esquistossomose. O tratamento da doença se baseia em um único fármaco: o Praziquantel (PZQ), entretanto, já há relatos de traços de resistência. Neste âmbito, extratos brutos e metabólitos secundários de plantas vêm sendo testados frente ao Schistosoma mansoni. Assim, o presente trabalho descreve o estudo fitoquímico dos extratos brutos das raízes de Solidago microglossa (Sm-R) e Aristolochia cymbifera (Ac) e de seus metabólitos isolados. A partir do fracionamento cromatográfico de SmR, foram isolados e identificados três metabólitos: espinasterol, bauerenol e α-amirina, sendo os dois últimos relatado pela primeira vez nas raízes da espécie. O fracionamento cromatográfico de Ac resultou no isolamento e identificação do ácido populifólico e da cubebina, ambos já isolados na espécie. No estudo esquistossomicida in vitro foi utilizado vermes adultos de S. mansoni e os parâmetros avaliados foram alterações tegumentares, oviposição, motilidade e mortalidade. Previamente ao ensaio, a citotoxicidade dos extratos foi avaliada em células Vero e não houve redução na viabilidade celular Os resultados deste estudo demonstraram que, na concentração de 200 μg/mL, Sm-R foi capaz de promover redução da atividade motora, alterações tegumentares e morte de todos os vermes adultos de S. mansoni após 72 h de incubação. Ainda, alterações tegumentares foram verificadas, bem como significativa redução da oviposição. Em relação ao extrato Ac, este foi capaz de causar redução da atividade motora, alterações tegumentares e morte dos vermes adultos após 24 h de incubação na concentração de 50 μg/mL, além de promover redução da oviposição. Dentre as substâncias isoladas, a mistura de bauerenol e α-amirina, espinasterol, ácido populifólico e cubebina demonstraram-se pouco ativos e apenas a subfração Sm-R IV 5 promoveu redução da atividade motora e morte dos parasitos em 100 μg/mL após 48 h de incubação. Desta forma, a continuidade do estudo faz-se necessária a fim de se identificar as substâncias responsáveis pela atividade dos extratos Sm-R e Ac.