Morfologia urbana: um estudo sobre o entorno das estações ferroviárias de Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Amaral, Luan Bastos lattes
Orientador(a): Castañon, José Alberto Barroso lattes
Banca de defesa: Borges, Marcos Martins lattes, Paula, Bárbara Arantes de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Engenharia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17861
Resumo: A chegada da estrada de ferro em Juiz de Fora foi um importante eixo articulador do espaço urbano, trouxe alterações para a cidade desde o momento de sua implantação até os dias de hoje. As intervenções realizadas na cidade decorrentes dos problemas entre linha férrea e mobilidade modificam a malha urbana e a paisagem local, perceptível principalmente no entorno das estações e seus complexos ferroviários. Entretanto, as estações ferroviárias são marcos e referências da cidade, o local onde estão implantadas são considerados núcleos históricos urbanos, guardam a memória de uma época em que as ferrovias eram sinônimo de desenvolvimento e modernidade. Para compreender o crescimento e as transformações ocorridas na cidade, as perspectivas teórico-metodológicas da morfologia urbana se destacam como meios eficientes para a compreensão do espaço urbano, enquanto forma, processo e função, promovendo uma leitura através de suas características físicas e espaciais, assim como os atores e os processos responsáveis pelas suas transformações. O objetivo deste trabalho é analisar a atual morfologia urbana do entorno das estações ferroviárias de Juiz de Fora, a partir dos elementos que compõem o espaço urbano. A metodologia utilizada consiste na aplicação das bases teóricas e conceituais de M.R.G Conzen sobre a morfologia urbana. Para a compreensão completa e atual das áreas de estudo, aplicou-se o conceito de região morfológica e a partir da identificação e descrição das regiões morfológicas foram analisadas, a legislação do território, o uso do solo, os bens tombados e o sistema viário da área do entorno das estações ferroviárias de Juiz de Fora. Assim, foram analisadas o entorno das Estações Central do Brasil e Leopoldina no bairro centro, e a Estação Mariano Procópio localizada no bairro de mesmo nome. Mesmo localizadas em bairros diferentes, os resultados desta pesquisa nos mostraram que o espaço urbano do entorno das estações ainda preserva importantes patrimônios culturais que fizeram parte da história da cidade, que ambas regiões vem passado por um processo de transformação, sendo esses, a construção de empreendimentos imobiliários verticalizados, alterações nas vias e construções de equipamentos para a transposição da linha férrea. Todas as semelhanças e diferenças indicadas ao longo dos resultados da pesquisa demonstram que a ferrovia deixou sua marca por onde foi implantada, contribuindo de modo decisivo para delinear a forma como a paisagem urbana se configurou.