O hermetismo renascentista e a melancolia: novos sentidos e significados do humor melancólico nos séculos XV e XVI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcel Henrique lattes
Orientador(a): Gross, Eduardo lattes
Banca de defesa: Pires, Frederico Pieper lattes, Souza, Humberto Araujo Quaglio de lattes, Bezerra, Cicero Cunha lattes, Baptista, Mauro Rocha lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00111
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14039
Resumo: O final do século XV e todo o século XVI, auge do Renascimento, além de um momento histórico frutífero para as artes e ciências, mostrou-se, também um período bastante conturbado para a cultura ocidental. As disseminadas revoluções político-religiosas, os diversos anúncios de presságios, herdados desde a Idade Média, e um forte anseio pela renovação da Humanidade, compunham o cotidiano da sociedade europeia da Renascença. O antigo entendimento acerca do homo melancholicus – o indivíduo que era acometido pela melancolia – permanecia vivo no imaginário renascentista. Os sentimentos de desânimo e abatimento, característicos da melancolia, faziam-se presentes no final do século XV. Um sentimento, ou “estado de espírito”, perturbador que, necessariamente, precisava ser ressignificado. Foi assim que a Academia Neoplatônica de Florença, chefiada por Marsilio Ficino, percebeu a urgente necessidade de se dar novos sentidos ao humor melancólico, a fim de torná-lo benéfico ao desenvolvimento humano. Tal atitude filosófica converteu-se em nosso foco de pesquisa, uma vez que desejávamos saber por que a Academia sentiu a necessidade de ressignificar o outrora humor negro. Posteriormente, fomos levados a investigar quais foram os principais impactos dessa “nova melancolia”, no século XVI, quando passou a ser compreendida como melancolia cândida. Desse modo, amparando-nos numa vasta pesquisa bibliografia, que perfaz desde o âmbito filosófico até o campo artístico, esta pesquisa buscou reconstruir um importante período histórico, onde, efetivamente, foram lançadas as bases para a constituição do “homem de gênio”