Análogo do resveratrol, inibidor da acetilcolinesterase in vitro, suprime o déficit cognitivo induzido pela escopolamia em camundongos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Assis, Pollyana Mendonça de lattes
Orientador(a): Raposo, Nádia Rezende Barbosa lattes
Banca de defesa: Brandão, Marcos Antônio Fernandes lattes, Montessi, Jorge lattes, Barroso, Adelanir Antônio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12148
Resumo: O aumento da expectativa média de vida da população é um fenômeno atual. Segundo alguns pesquisadores, a idade é o principal fator de risco que contribui para o aumento da incidência das principais patologias que afetam a faixa etária mais idosa, incluindo a doença de Alzheimer (DA). Estima-se que a DA acometa cerca de 35 milhões de pessoas globalmente a um custo bilionário para os serviços de saúde. Apesar do impacto social e econômico, poucas estratégias farmacológicas estão disponíveis para o manejo desta doença, que é progressiva e incurável. Ao resveratrol (RSV), uma fitoalexina, são atribuídas diversas atividades biológicas, incluindo a neuroproteção. No entanto, sua baixa biodisponibilidade ainda é um fator limitante ao uso clínico deste fitoquímico. Uma série de análogos do RSV foi anteriormente sintetizada e testada quanto as suas ações biológicas. RSVA6 demonstrou tanto in silico quanto in vitro ser capaz de interagir e inibir a enzima acetilcolinesterase. Para o presente estudo, avaliou-se a capacidade antioxidante de RSVA6 pelo método do 1,1-difenil-2-picrilhidrazil e, comparado ao RSV, o análogo apresentou ação inferior. Ensaios in vivo foram conduzidos a fim de testar a capacidade neuroprotetora de RSVA6 em camundongos induzidos ao déficit cognitivo pela escopolamina (ESC). Os camundongos foram pré-tratados com uma dose única de RSVA6 (100 mg kg-1; via oral) ou rivastigmina (1 mg kg-1; intraperitoneal), e após um tempo de 60 min, receberam ESC (1 mg kg-1; intraperitoneal). RSVA6 preveniu o declínio cognitivo nos animais submetidos aos testes de memória do pellet enterrado, de reconhecimento de objetos e de realocação de objetos. Além disso, o derivado do RSV não exerceu efeito comportamental no experimento no campo aberto e no labirinto em cruz elevado, sugerindo a não-interferência da molécula na atividade motora e no comportamento tipo-ansioso dos animais. Em conjunto, os resultados apontam que RSVA6 exerce efeito neuroprotetor na disfunção cognitiva induzida pela escopolamina e sugerem a molécula como um potencial candidato para o manejo de doenças neurodegenerativas, incluindo a DA.