Avaliação do efeito do óleo da polpa de Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. (Macaúba) associado a nanoestruturas poliméricas em células de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aleixo, Davi Trombini lattes
Orientador(a): Pittella, Frederico lattes
Banca de defesa: Mello Junior, Leônidas João de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14249
Resumo: A Macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart) é uma planta nativa que está presente em grande parte da América do Sul. Sabe-se que o óleo oriundo da polpa do fruto é rico em ácidos graxos insaturados, carotenoides e fenóis totais, possuindo assim aplicação para a indústria alimentícia, de pecuária e energética. Além disso, estes compostos são comumente relatados por suas atividades antioxidantes, que são de grande valor para a indústria farmacêutica no processo de regulação das espécies reativas de oxigênio (EROS). Em processos de metabolização celular são comuns a liberação dessas espécies que, em desequilíbrio, podem causar danos as células levando a processos tumorais. Dados de 2018 indicam cerca de 9,6 milhões de óbitos mundialmente pela doença, sendo o tipo mamário o maior causador de morte entre mulheres no cenário brasileiro e global. Tratamentos tradicionais como cirurgias, radioterapias, quimioterapias e hormonioterapias apresentam diversos efeitos colaterais e dificuldade de ação em alguns tipos de câncer de mama. Visando encontrar uma alternativa terapêutica, micelas contendo óleo de polpa de macaúba (MP-OM) foram desenvolvidas e avaliadas frente sua atividade citotóxica, antiproliferativa e antimigratoria in vitro e na inibição do crescimento tumoral in vivo. A caracterização físico-química demonstrou que as micelas apresentaram diâmetros hidrodinâmicos médios de 105 nm, índice de polidispersão (PdI) de 0,12 e potencial Zeta de –17,5 mV. A MP-OM apresentou diminuição da viabilidade de células tumorais (MDA-MB-231 e 4T1) na concentração de 0,386 µg/mL (C1) em 48h e 72h. Não foi observada nenhuma toxicidade em células não tumorais (L929). O ensaio de clonogenicidade apresentou redução que variou de 97% a 81,9% na concentração mais alta de MP-OM, enquanto o de migração (Wound Healing) reduziu em mais de 40% quando comparado ao grupo controle. In vivo, a MP-OM inibiu significativamente o aumento tumoral. Concluímos que o método utilizado para a produção das MPOM foi efetivo para a obtenção de nanopartículas com tamanho satisfatório e distribuição homogênea, e os resultados dos testes de viabilidade celular, proliferação, migração e in vivo demonstraram resultados promissores para o tratamento de células de câncer de mama