Programa de controle do tabagismo no município de Juiz de Fora: a especificidade do tratamento na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dias, Hélia Maria lattes
Orientador(a): Oliveira, Leda Maria Leal de lattes
Banca de defesa: Costa-Couto, Maria Helena lattes, Souza, Édina Evelyn Casali Meireles de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Departamento: Faculdade de Serviço Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1666
Resumo: Esta dissertação trata do Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PMCT) no município de Juiz de Fora, enfatizando, dentre as demais ações do Programa, a oferta do tratamento do tabagismo na rede de serviços da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Aborda toda dinâmica que envolve a questão do tabagismo em seus diferentes aspectos: sócio-econômico, ambiental e saúde pública. Apresenta as medidas de combate e controle do tabagismo em âmbito mundial, com destaque para o Programa Brasileiro de Controle do Tabagismo, sua organização, resultados e a estratégia de descentralização do Programa para os entes federados (estados e municípios). A metodologia utilizada teve como base a abordagem qualitativa e a pesquisa de campo foi realizada com dez gestores de diferentes níveis hierárquicos da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora. Mediante a baixa adesão das Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) para ofertar o tratamento do tabagismo, a pesquisa identificou, através da visão dos gestores, um conjunto de fatores que interferem no desenvolvimento do Programa e, portanto, na oferta do tratamento. Os resultados do estudo demonstraram que é necessário maior envolvimento da Secretaria de Saúde em relação a este Programa e o fato de o mesmo não ter financiamento próprio, fundo a fundo, reflete no comportamento do gestor em relação a qualquer programa, inclusive este, ocasionando a não oficialização do mesmo e falta de cobrança das UAPS que não aderem à oferta de tratamento. A rotatividade de profissionais, inclusive dos gestores, e o tipo de contrato também aparecem como fator dificultador à adesão ou continuidade do tratamento. A organização do Programa Nacional também reflete no desenvolvimento da Política de controle do tabagismo nos estados e municípios. Há ausência de interação entre os diferentes níveis de coordenação, meios de comunicação e avaliação adequados e a própria questão do não financiamento do programa. A realização deste estudo propiciou uma reflexão sobre o Programa de Tabagismo em âmbito nacional e local e possibilitou algumas sugestões, a partir dos resultados apresentados, para garantir a continuidade do programa e o acesso da população ao tratamento.