Adesão ao tratamento farmacológico e fatores associados em idosos que utilizam medicamento anti-hipertensivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Aquino, Glenda de Almeida lattes
Orientador(a): Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Amarante, Luiz Henrique lattes, Braga, Maria Helena lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/375
Resumo: O processo de transição epidemiológica e demográfica se dá em todo o mundo, e ocorre de maneira acentuada nos países em desenvolvimento. Caracteriza-se principalmente pelo aumento da proporção de idosos na população e mudanças no perfil de morbimortalidade. O envelhecimento populacional impõe aos Estados e sociedade uma série de novas demandas em saúde. Nesse contexto, destaca-se o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. A hipertensão arterial sistêmica atinge cerca de um quarto da população mundial, e sua prevalência aumenta entre idosos. As complicações oriundas dessa condição clínica são responsáveis por reduzir drasticamente a qualidade de vida e levar a óbito muitos indivíduos, além de implicar em alto consumo de recursos do sistema de saúde. O tratamento farmacológico é indispensável para o controle da pressão arterial de grande parcela dos pacientes. Portanto, a adesão ao tratamento farmacológico configura-se como importante questão de saúde pública, pois constitui etapa fundamental para o sucesso da terapia proposta. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o nível de adesão ao tratamento farmacológico em idosos que utilizam algum medicamento anti-hipertensivo, residentes na Zona Norte do município de Juiz de Fora (MG). Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de inquérito domiciliar. O Mini Exame do Estado Mental foi utilizado com intuito de verificar a capacidade cognitiva dos idosos para responder às questões; um questionário semiestruturado com propósito de avaliar as condições socioeconômicas e de saúde; escala de Edmonton para avaliar fragilidade e para estimar o nível de adesão foi aplicado o teste de Morisky e Green. Os dados foram processados em um banco de dados criado por meio do software Statistical Package for Social Sciences 14.0 (SPSS). Os dados foram submetidos à análise estatística univariada e bivariada, na qual foram obtidas frequências, medidas de tendência central, e comparação de proporções. A análise multivariada baseou-se no organograma do modelo teórico de investigação dos efeitos das variáveis independentes sobre a variável dependente, elaborado pela autora. Utilizou-se a técnica de retirada gradativa das variáveis com base nos níveis de significância. A amostra fina foi composta por maioria de mulheres (69%), auto-declarados brancos (45,5%), com até 4 anos de escolaridade (74,9%), pertencentes a classe socioeconômica C (58,7%). Foram classificados como aderentes ao tratamento 47% (IC95%:41%-53%) dos idosos e 40,5% relataram já ter esquecido de tomar a medicação.Não ser classificado como isodo frágil, auto relato positivo de perceção da visão e audição foram o fatores que permaceram asssociados a adesão o modelo final de regressão. O farmacêutico tem papel fundamental no processo de adesão, pois por meio de estudos e da atenção farmacêutica pode conhecer fatores populacionais e individuais associados a adesão e, a partir dessas informações promover intervenções que aumentem a prevalência de adesão e consequentemente melhoria da qualidade de vida dos idosos. Por se tratar de idosos que fazem uso continuo de medicamentos, apenas atividades pontuais não são suficientes, é importante manter continuidade do serviço.