A escrita das mulheres chicanas como ato transformativo: uma análise comparativa das ficções autobiográficas e autobiografias contemporâneas
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
|
Departamento: |
Faculdade de Letras
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00088 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16320 |
Resumo: | As transformações na história da literatura e o desenvolvimento dos Estudos Culturais, com um novo olhar sobre as histórias silenciadas, têm levado a orientações diferentes daquelas que tradicionalmente eram atribuídas a essa área, propiciando a inclusão da mulher nos estudos históricos, literários e nas várias áreas do saber na contemporaneidade. A cultura chicana, fenômeno recente no cenário mundial, floresceu com “El Movimiento”, na década de 1960, representando a luta dos chicanos pela sua autoafirmação na sociedade estadunidense dominante. A literatura chicana, por sua vez, pode ser considerada um reflexo dessa luta iniciada nos anos de 1960, uma vez que se fundamenta no direito de uma expressão cultural própria. A partir da década de 1980, ocorreu uma eclosão da literatura das mulheres chicanas, expressando os problemas das chicanas em seus contextos específicos, independentemente dos cânones chicanos masculinos ou do feminismo anglo-estadunidense. O presente trabalho objetivou investigar e ratificar a construção da representação feminina de forma expressiva, a partir da perspectiva de o ato da escrita agir como possibilitador da fala das personagens chicanas, por meio das quatro obras, “The House on Mango Street” (1984), de Sandra Cisneros, “The Last of the Menu Girls” (1986), de Denise Chávez, “Confessions of a Book Burner” (2014), de Lucha Corpi, e “A Dream Called Home” (2018), de Reyna Grande, além de estabelecer uma análise comparativa das duas primeiras obras marcadas como ficções autobiográficas escritas no século XX, “The House on Mango Street” (1984) e “The Last of the Menu Girls” (1986) com as outras duas obras autobiográficas, “Confessions of a Book Burner” (2014) e “A Dream Called Home” (2018), produções do século XXI. Após a análise proposta, verificou-se a existência de similaridades nas propostas das escritas dessas autoras mais contemporâneas em relação às escritas das autoras do século XX no que concerne à busca identitária, à autoafirmação e às características da escrita dessas mulheres chicanas. Pode-se afirmar, então, que essas escritas autobiográficas do século XXI ratificam as propostas das ficções autobiográficas do século passado no que toca à concepção de identidade, gênero, classe, raça/etnia e que essas estratégias de escrita têm apresentado a possibilidade de servir como ato transformativo, ou seja, a escrita dessas autoras chicanas têm contribuído para o (re)conhecimento, (re)valorização e consequente (re)afirmação das mulheres mexicanas-estadunidenses/chicanas e do seu grupo no cenário global. |