Síntese, caracterização e avaliação dos potenciais citotóxico e larvicida de tiossemicarbazonas derivadas de Chalconas e seus complexos metálicos frente a mosquitos do gênero Aedes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Grossi, Jenifer Carvalho lattes
Orientador(a): Silva, Jeferson Gomes da lattes
Banca de defesa: Melo, Luísa Helena Perin de lattes, Pereira, Rondinelle Gomes, Antunes, Michelle Bueno de Moura Pereira, Gomides, Antônio Frederico de Freitas
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00008
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15948
Resumo: Mosquitos do gênero Aedes têm causado graves problemas de saúde pública por atuarem como vetor de várias arboviroses tais como dengue, chikungunya e zika. A estratégia mais eficiente no controle dessas doenças é o combate ao vetor. No entanto, o número limitado de agentes larvicidas e o surgimento de mosquitos resistentes podem comprometer esse combate. Isso tem motivado a busca por novas moléculas que podem atuar como larvicidas. Chalconas e tiossemicarbazonas são classes de compostos orgânicos que se destacam por suas atividades antimicrobiana e citotóxica. Essa última classe destaca-se ainda por sua capacidade quelante, permitindo a obtenção de complexos com as mais variadas atividades farmacológicas, e em muitos casos sendo os mesmos mais ativos que os ligantes livres. Neste trabalho foram preparadas oito tiossemicarbazonas derivadas de chalconas e seus respectivos complexos de cobre(II) e prata(I), sendo vários desses complexos inéditos. Os compostos foram caracterizados por análise elementar, medidas condutimétricas, espectros eletrônicos e de infravermelho e análises termogravimétricas. A citotoxicidade desses compostos foi avaliada pela viabilidade celular de linhagens de macrófagos murinos RAW 264.7 e J774 A.1 e Aedes albopictus C6/36 em concentrações variando de 0,01 a 100 µM. Para as tiossemicarbazonas e os complexos de Cu(II) selecionados foram avaliadas a sobrevivência de larvas de Aedes aegypti a partir do estádio L4 até a fase adulta, a morfologia das células do intestino médio das larvas após o tratamento por 24 h e a marcação da caspase-3 por imunofluorescência. Os complexos de Cu(II) foram cerca de 10 vezes mais citotóxico que as tiossemicarbazonas livres contra todas as linhagens testadas. Já para a maioria dos complexos de Ag(I) sua citotoxicidade não foi superior as tiossemicarbazonas livres, mesmo o seu sal apresentando efeito citotóxico na maior concentração testada. Alguns dos compostos selecionados levaram a um aumento da mortalidade das larvas, sendo observados danos as células do intestino médio, contudo sem marcação positiva de caspase-3. Os resultados demonstram que a estratégia de complexar as tiossemicarbazonas ao cobre(II) levou a um aumento da atividade citotóxica e que alguns compostos apresentaram um promissor potencial larvicida contra mosquitos do gênero Aedes.