Escolas rurais do município de Juiz de Fora – MG: história e histórias a serem contadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ilha, Darieli Daltrozo lattes
Orientador(a): Souza, Dileno Dustan Lucas de lattes
Banca de defesa: Lemos, Daniel Cavalcanti de Albuquerque lattes, Albuquerque, Andrea Serpa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6786
Resumo: Uma história de vida que se junta a muitas outras. Com essa motivação pessoal de alguém que tem suas raízes no campo é que este trabalho começa a ser desenvolvido, propondo-se a refletir sobre a vida de homens e mulheres do campo em meio a suas comunidades, focando o olhar para suas escolas. Sim, escolas do campo que precisam ter visibilidade num tempo de incertezas, de negação de direitos e de identidades. Nesse sentido, buscar e analisar as histórias que nos contam os registros documentais e as narrativas orais acerca das escolas rurais de Juiz de Fora foi a problemática que norteou essa pesquisa. Procuramos analisar esta questão a partir das memórias individuais, ou seja, a partir das impressões que a escola deixou na vida de quem fez parte dela direta ou indiretamente. O caminho metodológico percorrido teve como norte a Investigação Narrativa, onde a História Oral foi inserida como o principal instrumento da pesquisa. A análise documental utilizada no momento inicial da pesquisa foi fundamental para compreender o atual panorama das escolas rurais de Juiz de Fora, além de apontar caminhos para a segunda etapa: as entrevistas de História Oral. O objetivo geral consistiu em analisar o caminho percorrido pelas escolas e comunidades rurais de Juiz de Fora, contando essa história a partir das pessoas que vivem ou viveram nas comunidades de Torreões e Monte Verde e que estão ligadas à escola no passado ou no presente: alunos, professores e comunidade escolar, refletindo como essas histórias dialogam com as existentes nos registros oficiais. Tenho como interlocutores os entrevistados, que partilharam suas histórias e conhecimentos acerca da temática que norteia esse trabalho, além da contribuição de diversos autores que embasaram as reflexões. Alves Filho, Aníbal Quijano e Arturo Escobar nos ajudaram a compreender as raízes do estereótipo do camponês construído socialmente, cujas fontes remontam as bases do pensamento moderno ocidental. Michel de Certeau e Paulo Freire deram a tônica da discussão sobre o sujeito comum e seu cotidiano. Marlene Ribeiro, Miguel Arroyo, Mançano Fernandes e Roseli Caldart foram alguns dos autores que nos possibilitaram pensar a educação rural e do campo na realidade brasileira. Finalmente, Paul Thompson nos ajudou a pensar a história oral como metodologia para trabalhar a realidade a partir dos sujeitos que a compõem. Por fim, destacamos as descobertas acerca da história e histórias das escolas rurais do município de Juiz de Fora, preconizadas pelas pessoas que delas fizeram parte e os diálogos possíveis com a legislação e os documentos encontrados. Os resultados configuram uma narrativa que consideramos inédita sobre as escolas rurais e, pelo que constatamos, foram as primeiras escolas da rede municipal de ensino.