Horizontes verticais: meandros do meio técnico-científico-informacional em Dourados-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cabreira, Adriano Cosma lattes
Orientador(a): Goettert, Jones Dari lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/373
Resumo: O município de Dourados, situado na porção meridional do Mato Grosso do Sul, embora nele ainda persistam algumas características de policultura, notabiliza-se principalmente pela produção agropecuária direcionada à exportação e àprodução agroindustrial. Como “consequência” deste viés econômico, o município se configurou como um espaço de comando em relação ao seu entorno, pois, a partir das conexões e fluxos relacionados à economia, outras conexões e fluxos se estabeleceram em diversas áreas, tornando Dourados referência na porção centro sul do estado em pesquisa, tecnologia, informação, serviços públicos (saúde, educação...), finanças e transporte. As relações hegemônicas no município desenvolveram uma profunda integração técnica, tecnológica e informacional que sustenta a importância espacial de Dourados, possibilitando a compreensão deste espaço como parte do que Milton Santos definiu por “meio técnico-científico informacional” – espaço dominante no capitalismo globalizado. Em Dourados, o desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional se confirma por meio dos negócios ligados à agricultura, principalmente, que fecha negócios e exporta produtos para vários destinos, inclusive internacionais, utilizando-se de tecnologia avançada na relação com o mercado, destacando-se a produção da soja, da carne bovina e do frango. Como “consequência” dessa inserção, de sua densidade técnica-científica-informacional e de seu papel como parte dos movimentos de “globalização”, Dourados se tornou um espaço de comando, e “consequentemente” “luminoso” e da “rapidez” (das discussões de Milton Santos e de María Laura Silveira). Esses elementos influenciam não somente a dinâmica econômica, mas também o cotidiano de sua população, uma vez que novos objetos e suas respectivas “cargas” informacionais promovem novos movimentos entre a relação “meios” e sujeitos. Contudo, como espaço desigual do qual Dourados faz parte, também o meio técnico-científico-informacional é desenvolvido desigualmente, fundando e aprofundando o próprio espaço desigual e, portanto, a desigualdade entre os sujeitos.