Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Roberto Carlos Correia
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Orientador(a): |
Pinheiro, Alexandra Santos
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Banca de defesa: |
Góis, Marcos Lúcio de Sousa
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Maciel, Márcio Antonio de Souza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4572
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Resumo: |
O preconceito silenciou/invisibilizou, por muito tempo, os temas polêmicos na literatura brasileira, a exemplo dos que tangem à diversidade sexual e às dissidências de gênero. Esta realidade, progressivamente, vem sendo alterada por escritores como Cassandra Rios, que representam, literariamente, sujeitos à margem da estrutura política e social, como pessoas LGBTI+. A compreensão acerca da idiossincrasia não é uma tarefa simples, portanto, entender uma identidade contrária ao que a sociedade encara como “natural” é ainda mais complexo. Em razão desta problemática, a partir da obra Uma mulher diferente, de Cassandra Rios, e especificadamente a partir da personagem Ana Maria, a presente pesquisa tem por objetivo abordar a violência de gênero pelo viés da transexualidade, assim como refletir os efeitos nocivos da masculinidade hegemônica, especialmente, sua influência na realidade trans de Ana Maria. Em razão destas discussões, outras questões surgem e se entrelaçam como subalternidade, preconceito e resistência, levando-nos a refletir também sobre o valor da literatura na representação destes temas. Este trabalho tem cunho bibliográfico, sua fundamentação teórica se dá a partir de obras e autoras que discutem as relações de gênero, como Berenice Bento, Heleieth Saffioti, Joan Scott, Judith Butler e Simone de Beauvoir, bem como, contribuições de autoras com uma experiência situada no ser/viver trans, como Beatriz Bagagli, Jaqueline de Jesus e Tertuliana Lustosa. Ao final, Uma mulher diferente permite refletir realidades que não fazem parte apenas do universo literário. A obra de Rios tem um forte valor social, nos faz adentrar eu seu universo narrativo, dando a liberdade para que este seja compreendido como a retratação da realidade de seu receptor. Deste modo, Uma mulher diferente também cria um espaço de resistência, no qual corpos se apoderam, apoderam-se de palavras e produzem ações. |