Construindo com sabedoria: as dimensões de (re)existência dos LGBTI+ sem terra no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Simões, Amanda Oliveira lattes
Orientador(a): Held, Thaisa Maira Rodrigues lattes
Banca de defesa: Botelho, Tiago Resende lattes, Tárrega, Maria Cristina Vidotte Blanco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Fronteiras e Direitos Humanos
Departamento: Faculdade de Direito e Relações Internacionais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5598
Resumo: Esta dissertação visa estudar o contexto de existência do Coletivo LGBT Sem Terra, sob a influência de três momentos cronológicos fundamentais. E sua luta enquanto movimento social na defesa do Estado Democrático, pois este é constantemente ameaçado, além de vivenciar círculos pendulares de progressos e retrocessos democráticos, elementos que traduzem a ascensão de um governo por vias democráticas que tentam minar a estrutura estatal, sintoma de desdemocratização, central no enxugamento de direitos. Nesse aspecto, a pesquisa está centrada em responder o seguinte questionamento: levando em consideração a formulação dos movimentos sociais que culminaram na existência do Coletivo LGBT Sem Terra, enquanto espaço no meio rural para a diversidade de gênero e sexualidade, qual a participação do Coletivo LGBT Sem Terra na busca da efetivação democrática a grupos marginalizados? Como a comunidade LGBTI+ camponesa teve espaço através do Coletivo?O objetivo central se funda em perceber como a existência do Coletivo LGBT Sem Terra elabora um espaço de construção para um território que considere, também, o LGBTI+ camponês. Para tanto, o método é o hipotético-dedutivo. Ademais, trata-se de uma pesquisa exploratória com análise de pesquisas secundárias principalmente com enfoque no meio rural, entrevista semiestruturada por meio de livre consentimento. A transcrição literal da entrevista foi com fala coloquial e sua análise se deu por meio qualitativo. A dissertação está dividida em três capítulos. Os resultados obtidos por meio do trabalho demonstram o quanto a temática acerca da diversidade de gênero e sexualidade em contexto rural é inicial. Pesquisas com cunho exploratório são primordiais nessas áreas. Apesar de relatórios como o da CPT começarem a mostrar a existência LGBTI+ no campo é ainda muito primária e denota o quão invisibilizadas essas existências são. Os movimentos sociais, tal qual o MST e seu desdobramento - o Coletivo LGBT Sem Terra - são fundamentais para a busca pela efetivação democrática e o Coletivo no meio rural pode ser o indício de possibilidades diferentes de existência. Afere-se que o Coletivo LGBT Sem Terra está construindo com sabedoria.