Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Monteiro-Alfredo, Tamaeh
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Orientador(a): |
Souza, Kely de Picoli
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Banca de defesa: |
Cardoso, Claudia Andrea Lima
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Schmitz, Wanderlei Onofre
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2013
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Resumo: |
A biodiversidade brasileira representa uma fonte rica de componentes químicos naturais que podem revelar substâncias potencialmente ativas para diversos fins. A importância farmacológica das plantas está relacionada à sua composição química, que fornece propriedades terapêuticas importantes, tais como a atividade antioxidante. A Acrocomia aculeata é uma palmeira nativa do cerrado brasileiro, sua polpa é rica em ácido láurico, β caroteno, e sua amêndoa em ácido oleico. Seu uso medicinal é descrito no tratamento de doenças respiratórias, redução da glicemia e níveis séricos de colesterol, além de possuir propriedades anti-inflamatórias e laxativas, sendo amplamente utilizada na indústria cosmética, alimentícia e na produção de biocombustíveis. Embora os frutos sejam muito utilizados e conhecidos, pouco se sabe sobre as folhas, por conta disto, este estudo objetivou avaliar a composição química, a atividade antioxidante e a toxicidade das folhas de A. aculeata. Para isto, foram produzidos extratos com três diferentes solventes: água (EA-Aa), etanol (EE-Aa) e metanol (EM-Aa). Os extratos foram caracterizados quimicamente através da determinação de compostos fenólicos, flavonoides e taninos, além da análise cromatográfica, seguidos da avaliação da atividade antioxidante dos extratos por métodos de captura de radical livre, DPPH e ABTS. Os EE-Aa e EM-Aa apresentaram maiores quantidades dos metabólitos secundários avaliados e melhores resultados de captura de radicais livres. Porém, no ensaio de proteção contra a hemólise oxidativa e avaliação da peroxidação lipídica em eritrócitos induzidos com AAPH, o EA-Aa apresentou maior proteção em relação aos outros extratos avaliados. Assim, continuamos os ensaios para determinar o efeito protetor de EA-Aa contra a oxidação proteica induzida por AAPH, fragmentação de DNA e a geração de EROS induzidos por H2O2. Um aumento nos níveis de Sirt-1, catalase e ativação de ERK e Nrf2 foram observados em Cos-7 tratadas com EA-Aa, o que também foi observado em nematoides C. elegans, os quais apresentaram maior viabilidade quando induzidos com Juglone e tratados com EA-Aa. A baixa toxicidade de EA-Aa também foi comprovada nos diversos modelos experimentais testados. Em conjunto, os extratos das folhas de A. aculeta apresentaram composição química típica às das plantas, porém a diversidade de compostos presentes em EA-Aa provavelmente está envolvida em sua baixa toxicidade, e seu relevante potencial antioxidante avaliado em diferentes biomoléculas, em células Cos-7 e em C. elegans, provavelmente está relacionado com a ativação da via Sirt1/Nrf2. Desta forma, os resultados obtidos dão suporte para futuros usos de EA-Aa no tratamento de doenças relacionadas com o estresse oxidativo. |