A Colhimento institucional de longa permanência: práticas educativas institucionais e competência social de crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Jhonathan Roger Levino Alencar da lattes
Orientador(a): Pereira, Veronica Aparecida lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1122
Resumo: O acolhimento institucional e o tempo de institucionalização são questões de alta relevância nas discussões sobre adoção, riscos, vulnerabilidades e violação de direitos de crianças e adolescentes, impelindo profissionais da área rumo ao compromisso social da ciência psicológica para respondê-las. Com o presente estudo, objetivou-se descrever e correlacionar longo tempo de permanência em acolhimento institucional de crianças e adolescentes, habilidades sociais, desempenho acadêmico e práticas educativas de cuidadores, além de comparar a competência social dos referidos, avaliada no conjunto de habilidades sociais e acadêmicas, com a de seus pares em ambiente escolar. A pesquisa teve como participantes crianças e adolescentes em acolhimento institucional com período igual ou superior a um ano (G1, n=18) e, também, crianças e adolescentes sem histórico de institucionalização, em mesmo ano escolar e turma (G2, n=17), os professores de G1 e G2 e os cuidadores de G1. Participaram duas instituições da cidade de Dourados e uma de Mundo Novo/MS que assinaram o Termo de Compromisso. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi assinado pelas monitoras e professoras e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) pelos participantes de G1 e G2. Dois estudos foram estruturados: Estudo 1 (Crianças e adolescentes institucionalizados: associação entre habilidades sociais, problemas de comportamento, desempenho escolar e práticas educativas dos cuidadores), tinha como objetivo de descrever práticas educativas em contextos de instituições de acolhimento e correlacioná-las às variáveis: tempo de acolhimento, habilidades sociais (na visão dos cuidadores e dos acolhidos), problemas de comportamento (relatados por cuidadores) e desempenho escolar de crianças e adolescentes em acolhimento institucional e, o Estudo 2 (Influência do acolhimento sobre as habilidades sociais, problemas de comportamento e desempenho escolar: um estudo comparativo), tinha como objetivo descrever e comparar habilidades sociais (na visão dos professores e dos acolhidos), problemas de comportamento (relatados por professores) e desempenho escolar de crianças e adolescentes em acolhimento institucional com seus pares sem histórico de institucionalização. Aplicou-se com monitores das instituições o Inventário de Estilos Parentais (IEP) e as escalas comportamentais sobre habilidades sociais e problemas de comportamentos de G1, essas últimas também aplicadas com professores de G2. Com G1 e G2, aplicou-se o Teste de Desempenho Escolar (TDE), Inventário Multimídia de Habilidades Sociais para Crianças (IMHSC - até 11 anos) e Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA - 12 anos e acima). Com os professores de G1 e G2 aplicou-se as escalas comportamentais – Escala de Índices de Comportamento Socialmente Aceito (EICSA) e Escala de Índices de Problemas de Comportamento (EIPC). Os resultados indicaram que há correlações positivas entre crianças e adolescentes com longo tempo de permanência em instituições de acolhimento, baixo desempenho acadêmico e altos índices de problemas de comportamento. Espera-se, com esta pesquisa, colaborar com propostas de enfrentamento às situações de prolongamento do tempo de institucionalização.