Reflexos das práticas de preservação e rentabilidade nas unidades de conservação brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Farinha, Maycon Jorge Ulisses Saraiva lattes
Orientador(a): Silva, Luciana Ferreira da lattes
Banca de defesa: Ruviaro, Clandio Favarini lattes, Berezuk, André Geraldo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronegócios
Departamento: Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1004
Resumo: A criação de unidades de conservação, possibilita que as características naturais dos biomas brasileiros, sejam conservadas para o acesso das futuras gerações. Para um país como o Brasil, que possui uma grande porção territorial, caracterizada por 5 biomas, a criação de unidades de conservação é uma ação necessária para que a riqueza natural não se perda com o passar dos anos. Ainda mais, quando considerado que a economia do país é dependente da exploração dos recursos naturais, devido a produção florestal e agropecuária, que consequentemente altera a paisagem natural. De forma peculiar, as unidades de conservação podem ser criadas por agentes públicos e privados. Nesta dissertação o enfoque refere-se a unidades de conservação privadas, ou seja, Reservas Privadas do Patrimônio Natural. Assim, a questão norteadora da pesquisa foi ─Que estratégias são utilizadas para estimular a criação e/ou a ampliação das áreas de RPPNs no estado de Mato Grosso do Sul? Nessa perspectiva, o objetivo aqui foi definido em função de identificar as características socioeconômicas para a criação e/ou ampliação de RPPNs no estado. Mais especificamente, pretende-se: (i) analisar a produção científica sobre as unidades de conservação a partir de 2012 e indicar a quantidade de áreas protegidas no Brasil, (ii) calcular o custo de oportunidade de uma RPPN com relação à produção de soja e milho, (iii) analisar o comportamento dos indicadores sociais para o mercado de trabalho e consumidores dos serviços turísticos no respectivo estado. Como resultados foram observados que diferentes aspectos são pesquisados sobre Unidades de Conservação, contudo prevalece aqueles com característica de classificação de espécies vegetais e animais, além disso, diferentes áreas do conhecimento utilizam estas unidades como objetos de pesquisa. Observou-se ainda, que especificadamente sobre as Reservas Privadas do Patrimônio Natural, mesmo desconsiderando as receitas com turismo, identificou-se que elas podem trazer retornos econômicos maiores que a produção agrícola, para os proprietários de áreas rurais quando os serviços ecossistêmicos forem pagos. Assim, a valorização dos serviços ecossistêmicos pela sociedade, podem ser incentivos para a criação de outras áreas de conservação ambiental, utilizadas com enfoque no desenvolvimento sustentável. Além disso, esta destinação pode auxiliar na mitigação de gases do efeito estufa devido a produção de fotossíntese constante, diferente do que ocorre na produção vegetal, que tem ciclos produtivos, logo há ciclos de produção de fotossíntese. Em relação ao mercado de trabalho, que está vinculado a Reserva Privada do Patrimônio Natural, devido ao ecoturismo, depreende-se a necessidade de haver informações restritas a estas unidades de conservação, para que possam ser realizadas pesquisas específicas sobre a questão. De forma geral, o turismo em Mato Grosso do Sul, pode melhorar as relações laborais (proprietários e trabalhadores), dentre outros fatores, no que se refere a saúde e prevenção de acidentes de trabalho.