Vento, memória e sinestesia nos contos de Aníbal Machado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Kelly Patricia de Souza lattes
Orientador(a): Bungart Neto, Paulo lattes
Banca de defesa: Teixeira, Marcos Vinícius lattes, Barzotto, Leoné Astride lattes, Leite, Eudes Fernando lattes, Pinheiro, Alexandra Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4567
Resumo: Esta dissertação de Mestrado em Letras tem como objetivo principal o estudo de aspectos relacionados à memória involuntária e às sinestesias presentes nos contos do escritor mineiro Aníbal Machado (1894-1964), sobretudo nas narrativas: “O iniciado do vento”; “Viagem aos seios de Duília”; “A morte da porta-estandarte”; “O piano”; “O ascensorista”; e “O desfile dos chapéus”. Nesta perspectiva, a ocorrência frequente do vento e de outras manifestações da memória dos sentidos nas obras supracitadas será analisada a partir da sugestão de acessos da memória involuntária na obra Em busca do tempo perdido, do romancista francês Marcel Proust. A definição de autobiografia proposta por LEJEUNE (2008), bem como seu conceito de “pacto autobiográfico” são levados em consideração, a fim de melhor se entender a diferença entre o gênero memória e sua presença como conteúdo dos enredos dos contos de Aníbal Machado. A teoria do conto é discutida de acordo com os pressupostos de GOTLIB (1985); CORTÁZAR (2006); BOSI (1974); e MOISÉS (2006), dentre outros; e as distinções e convergências entre narrativa factual e ficcional em COSSON (2001). Nos contos selecionados para análise, é possível verificar enredos interligados a recorrentes evocações do passado ocorridas, como em Proust, involuntariamente, e ativadas por reminiscências ligadas à “memória dos sentidos”, as chamadas sinestesias. Desse modo, os enredos dos contos de Aníbal Machado constantemente evocam aspectos sensoriais da recordação de seus narradores e/ou de significativos personagens de suas narrativas, conforme pretende-se demonstrar.