Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Farias, João Otávio Duarte
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Orientador(a): |
Marin, Jérri Roberto
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Banca de defesa: |
MacRae, Edward John Baptista das Neves
,
Langer, Protasio Paulo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em História
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5210
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Resumo: |
Essa pesquisa faz o estudo de um circuito religioso ayahuasqueiro singular no Brasil, denominado aqui como rastadaime, onde ocorrem hibridações entre a religião Santo Daime e o movimento Rastafari, desde início dos anos 2000 até 2022. As redes de alianças constituídas pelos diversos circuitos e indivíduos aqui estudados apontam para um campo religioso plural em nosso país, que envolve poderes e disputas, dissenções e convergências. O método utilizado nessa pesquisa se pauta em entrevistas feitas com dirigentes de igrejas daimistas, adeptos do Santo Daime e do Rastafari, dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Piauí, e também na análise dos cânticos ritualísticos de ambos os grupos, de forma a apresentar como se constituiu historicamente o rastadaime. A perspectiva teórica adotada para o exame desses grupos trata dos circuitos ayahuasqueiros, suas redes de aliança e os processos de hibridações na atualidade; da centralidade dos hinos na cultura daimista e dos chants para os rastas; e sobre a cultura Rastafari e suas dicotomias cosmológicas. Desde seu surgimento, na década de 2000, este circuito gestou-se de forma fragmentada e descentralizada, em que cada grupo realizou uma exegese particular sobre essa hibridação religiosa. No seio dos agenciamentos feitos pelos diferentes atores do processo, destacam-se as igrejas daimistas que agregam elementos e símbolos da cultura Rastafari (Céu de Santa Maria de Sião), um grupo rasta que consagra a ayahuasca ritualisticamente, sem relação direta com o Santo Daime (Ordem Nova Flor), e ainda, certos núcleos dentro de comunidades daimistas que dão abertura às relações hibridizadas do circuito rastadaime (Céu da Lua Cheia, Céu de Todos os Santos, Céu da Santíssima Trindade), com suas respectivas particularidades e diferenças doutrinárias. As relações entre Santo Daime e Rastafari são uma realidade no Brasil, representando um circuito específico, percebido em diferentes espaços religiosos, lugares em que as pessoas coexistem em meio à simbologias e cosmologias plurais. O circuito rastadaime faz parte de um movimento amplo e fragmentado, em que os adeptos postulam heranças e tradições distintas, estabelecendo uma cultura própria para o uso da ayahuasca, resultado de hibridações que transformam o campo, e tornam-no tenso e dinâmico. Existem transformações que versam sobre a adoção de novas simbologias, de novos elementos ritualísticos e litúrgicos, novas referências nos cânticos cerimoniais, além do uso de plantas psicoativas. |