Análise da composição química da cutícula e do veneno de duas vespas sociais (Hymenoptera: vespidae) POR CG-EM e MALDI-TOF/TOF

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Angélica lattes
Orientador(a): Antonialli Júnior, William Fernando lattes
Banca de defesa: Neves, Erika Fernandes lattes, Alves Júnior, Valter Vieira lattes, Campos, Jaqueline Ferreira lattes, Batistote, Margareth lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/486
Resumo: A coesão das colônias de insetos sociais é mantida por interações entre seus membros mediadas por compostos químicos, sobretudo, por aqueles presentes em sua cutícula. Estes compostos são denominados de hidrocarbonetos cuticulares e atuam primariamente como um revestimento protetor evitando a perda de água, contudo, também atuam como sinais trocados durante as interações entre companheiros de ninhos. Estes compostos então, funcionam como uma assinatura química colonial, podendo até mesmo variar entre indivíduos em função das tarefas que executam em suas colônias. Insetos sociais também produzem outros compostos químicos que têm como função a manutenção de suas colônias agindo na captura de presas e defesa. O veneno produzido pelo aparelho ferroador que é composto por aminas biologicamente ativas (serotonina e histamina), proteínas, peptídeos, lipídeos, enzimas (fosfolipases, hialuronidades e fosfatases) e alérgenos. Além de compostos voláteis que basicamente são alcanos, alcanos ramificados, alcenos e álcoois, os quais também podem desempenhar papel importante como sinais trocados durante as interações entre companheiras de ninho. Evolutivamente estes compostos surgiram para possibilitar a captura de presas e depois foram aproveitados para o uso em repelir ataques à colônia. Nossos resultados de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) revelam que tanto o perfil químico cuticular quanto a porção apolar do veneno das espécies Apoica pallens e Polistes versicolor variam qualitativamente e quantitativamente entre cutícula e veneno, com predominancia em abundância e número dos alcanos ramificados. Na cutícula ocorre maior concentração (em teor e número) de compostos pesados que possivelmente atuam como feromônios de superfície. No veneno os compostos mais leves foram os mais abundantes tanto em teor quanto em número de compostos, sugerindo que no veneno, nestas espécies, ao menos a parte apolar possa estar envolvida na sinalização durante as interações entre companheiras de ninhos. Pela análise da proteomica do veneno da vespa A. pallens foram identificadas 30 proteínas pelo método MALDI-TOF/TOF (Matrix Assisted Laser Desorption/ Ionization time-of-flight) que de acordo com suas respectivas funções foram divididas em 8 categorias: alergênicas, enzimáticas, metabólicas, estruturais, de resposta ambiental, atuantes no DNA e RNA, proteoglicana e com função desconhecida. A identificação destes compostos é um primeiro passo para o estudo deles para o uso farmacológico aplicado.