Dinâmicas territoriais: uso e ocupação das terras da Bacia Hidrográfica do Rio Brilhante-MS, a expansão da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Patricia Silva lattes
Orientador(a): Silva, Charlei Aparecido da lattes
Banca de defesa: Paranhos Filho, Antonio Conceição lattes, Egler, Cláudio Antônio Gonçalves lattes, Boin, Marcos Norberto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1441
Resumo: As áreas de monocultura da cana-de-açúcar vêm conquistando cada vez mais espaço para sua expansão, notoriamente à custa da conversão de áreas agrícolas e de pastagem, tal questão tem suscitado diversas preocupações em relação a este novo cenário que se configura. Desde 1980 houve um aumento de 656.336 hectares de área plantada com cana-de-açúcar no Estado do Mato Grosso do Sul. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo identificar e mapear as áreas de cultivo da cana-de-açúcar, por meio de imagens de sensoriamento remoto e técnicas de geoprocessamento, bem como avaliar a evolução da área com cultivo de cana em dois cenários (2001 e 2015) período no qual esta atividade se apresentou crescente e intensa nessa área, para tanto adotou-se como unidade de análise espacial a bacia hidrográfica do Rio Brilhante – MS. Para identificar as mudanças temporais foram utilizadas imagens do satélite Landsat para construção dos cenários de 2001 e 2015, na classificação do uso e cobertura das terras utilizou-se o método de classificação supervisionada por máxima verossimilhança (MAXVER) e na classificação da cobertura vegetal foram empregadas técnicas de NDVI. As cartas das características geossistêmicas (geologia, relevo, clima, vegetação, solos e uso e cobertura das terras) demonstram que a expansão da cana-de-açúcar e das demais atividades antrópicas está associada as características físicas da bacia que favorecem a ocupação econômica desta área. Atualmente 77% da área da bacia é ocupada por cultivos agrícolas. Ao somar todas as categorias de uso antrópico (pastagens, solo exposto e área urbanizada) verifica-se que o uso das terras por atividades econômicas já está consolidado em 86,9% de toda área da bacia. Este estudo indica que o emprego de técnicas e ferramentas de sensoriamento remoto, como o NDVI, quando trabalhados conjuntamente com a pesquisa de campo são extremamente eficientes para identificar as áreas de cultivo da cana-deaçúcar e determinar quais indicadores das dinâmicas sociais, econômicas e territoriais tem maior impacto sobre os serviços ambientais e posteriormente subsidiar ações para o planejamento ambiental.