Sentimentos e dificuldades vivenciados pelas mães de bebês hospitalizados: mecanismos de superação na perspectiva materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zanfolin, Leidimara Cristina lattes
Orientador(a): Cerchiari, Edneia Albino Nunes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ensino em Saúde
Departamento: Unidade Universitária de Dourados
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2988
Resumo: O nascimento de um filho é um momento de mudanças na vida de uma mulher. Quando acompanhado do nascimento de um bebê que necessita ser hospitalizado, torna-se crítico para a mãe e sua família. Portanto, com a hipótese de que as mães, que acompanham seus bebês no hospital, vivenciam um período de dificuldades, e que seu protagonismo é fundamental na qualidade da internação deles, este estudo tem por objetivo descrever os sentimentos, as dificuldades e os mecanismos de superação que lhes têm sido úteis, assim como sugestões de melhoria na vivência da hospitalização de seus filhos, utilizando uma abordagem qualitativa, com uma proposta de pesquisa-ação. O cenário desse estudo foi o setor de Neonatologia de um Hospital Escola, na cidade de Dourados, MS. A coleta de dados se deu no período de 22 de fevereiro a 11 de maio de 2016, com término por saturação dos conteúdos coletados, os quais foram obtidos através da realização de 12 encontros de mães gravados por voz, na modalidade de Grupo Operativo, segundo ideologia proposta por Pichón-Riviére, e anotações em diários de campo. As participantes da pesquisa foram as mães dos bebês que estiveram hospitalizados nas Unidades Neonatais, no período de coleta de dados, e que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão da amostra, totalizando 52 mães, cuja caracterização se deu por meio de um questionário com alguns dados demográficos e clínicos. Os grupos obedeceram à frequência de um encontro semanal, com duração de noventa minutos cada. Para análise dos dados, utilizouse a Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Os resultados, confirmaram a hipótese inicial, em vista de as mães terem levantado dificuldades referentes aos sentimentos com o bebê e sua internação, em relação à instituição hospitalar, equipe, família, assim como elas contribuíram com soluções para o enfrentamento desse momento, tal como as relações empáticas entre as mães e dessas com a equipe do setor, a espiritualidade e a aceitação do processo de hospitalização, o sentimento de amor e responsabilidade da mãe para com seu bebê, o apoio dos familiares, a internet e as redes sociais. Com os dados fornecidos pelas mães, foram elaborados quatro artigos e um Guia Prático de Acolhimento, destinado aos profissionais de saúde. Assim, pretendeu-se dialogar sobre a vivência e os significados presentes para as mães no período de internação do bebê, incentivando-lhes a participação ativa nesse processo, de forma a promover a qualidade da hospitalização e a melhoria dos serviços de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).