Secagem, armazenamento e condicionamento osmótico de sementes de frutíferas nativas do cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Neves, Eliane Marques da Silva lattes
Orientador(a): Scalon, Silvana de Paula Quintão lattes
Banca de defesa: Santiago, Etenaldo Felipe lattes, Pereira, Zefa Valdivina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/526
Resumo: Objetivou-se com este trabalho avaliar a sensibilidade à dessecação e o armazenamento de sementes de Eugenia pyriformis Cambess (uvaia) e a tolerância à dessecação, armazenamento e condicionamento osmótico de sementes de Psidium guineense Swartz (araçá) e Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC (marmelo), espécies nativas do Cerrado. Os frutos utilizados foram coletados de matrizes na cidade de Dourados-MS, Amambai-MS e Rio Brilhante-MS e foram beneficiados no laboratório de Nutrição e Metabolismo de Plantas da UFGD. Para o estudo da sensibilidade à dessecação de sementes de uvaia foi utilizado o protocolo baseado na redução do nível de hidratação das sementes a cada cinco pontos percentuais, obtendo-se sementes com teor de água inicial de 45% sendo reduzido a 40, 30, 25, 20, 15 10 e 5%. Para avaliar a longevidade das sementes de uvaia durante 30 dias de armazenamento, foram testadas as condições de câmara fria e seca (16±1ºC/40% UR), geladeira (5±1ºC), freezer (-18±1ºC) e as sementes que não foram submetidas ao armazenamento constituíram o tratamento controle. Para avaliar a tolerância à dessecação em sementes de araçá e o efeito da secagem em sementes de marmelo foi utilizado o protocolo baseado na redução do nível de hidratação das sementes a cada cinco pontos percentuais obtendo-se sementes com teores de água de 15, 10 e 5%. Para estudar a longevidade das sementes durante o armazenamento foram testadas cinco condições de armazenamento: laboratório (25±1ºC/50% UR), câmara fria e seca (16±1ºC/40% UR), geladeira (5±1ºC), freezer (-18±1ºC) e as sementes que não foram submetidas ao armazenamento constituíram o tratamento controle. As sementes de araçá foram armazenadas por 90 dias e as sementes de marmelo por 30 dias ambas com teores de água de 5 e 10%. Para estudar o efeito do condicionamento osmótico em sementes de araçá e marmelo, as sementes foram embebidas por 5 e 10 dias nas seguintes soluções de polietilenoglicol 6000: 0,0 MPa, -0,3 MPa, -0,5 MPa, -0,7 MPa e -1,3 MPa. Em todos os experimentos o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 4 repetições de 25 sementes cada. As sementes de uvaia são sensíveis à dessecação e não toleraram a secagem a 5% de teor de água. A redução do teor de água prejudicou as características estudadas. As sementes recémbeneficiadas apresentaram germinação de aproximadamente 77% e com a secagem até 5% houve a redução para 15% de germinação. As condições de armazenamento sob temperaturas baixas e a secagem reduziram a germinação das sementes, indicando assim um comportamento recalcitrante. As sementes de araçá apresentam comportamento ortodoxo em relação à tolerância à dessecação e ao armazenamento, devido a manutenção da capacidade de germinação ao atingir teores de água de 5%. O condicionamento osmótico não aumentou a porcentagem de germinação e o crescimento das plântulas de araçá, porém reduziu pela metade o tempo médio de germinação. Sementes de marmelo apresentam comportamento ortodoxo e não perdem a capacidade de germinação ao atingir o teor de água de 5%, mesmo após 30 dias de armazenamento, porém o armazenamento em freezer não é recomendado para essas sementes. Sementes de marmelo não necessitam de condicionamento osmótico para atingir elevados índices de germinação.