Potencial farmacológico de Spondias purpurea L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Antunes, Kátia Avila lattes
Orientador(a): Souza, Kely de Picoli lattes
Banca de defesa: Oliveira, Caio Fernando de lattes, Baldivia, Debora da Silva lattes, Vieira, Silvia Cristina Heredia lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4925
Resumo: As plantas medicinaissão utilizadas por diferentes povos para o tratamento de diversas doenças. Elas apresentam compostos químicos em concentração e composição variadas, o que subsidia suas atividades farmacológicas. Spondia purpurea L. é uma espécie amplamente distribuída pelo Brasil, cuja frutos e folhas são consumidos pela população e utilizados para diversos fins medicinais. Este estudo objetivou avaliar a constituição química, propriedades nutricionais e o potencial farmacológico dos frutos e das cascas do caule de S. purpurea L, bem como possíveis efeitos tóxicos. Os frutos e a casca do caule de S. purpurea foram coletados na cidade de Itaporã-MS. Para os frutos, nossos resultados mostraram que o processo de liofilização diminui o teor de umidade da polpa, promovendo um aumento no teor de cinzas, fibras totais, proteínas, lipídeos, ácido ascórbico, índice de acidez, fenóis totais e flavonoides. A avaliação da constituição química do extrato aquoso da polpa dos frutos de S. purpurea L. (EPSp) revelou a presença de triptofano, ácido hidroxicítrico, di-O-hexosídeo, O- desoxihexosil-hexosil quercetina e O-hexosil quercetina. Além disso, o EPSp apresentou atividade antioxidante nos ensaios de captação dos radicais livres, além de inibir os danos oxidativos nas biomoléculas avaliadas. Não foram observados efeitos tóxicos no modelo C. elegans. No extrato aquoso da casca do caule de S. purpurea (ECSp) foram identificados a presença de di-O-hexosideo, ácido hidroxicítrico, ácido cítrico, ácido gálico, vários derivados de catequina e ácido elágico. In vitro, o ECSp apresentou atividade antioxidante nos ensaios ABTS e DPPH e foi capaz de inibir ou reduzir os danos oxidativos nas biomoléculas avaliadas. Não foram observados sinais de toxicidade em camundongos fêmeas tratadas com altas doses de ECSp. O tratamento com o ECSp por 60 d reduziu a hipercolesterolemia e os níveis de MDA nos órgãos avaliados em animais alimentados com dieta hipercalórica, de forma semelhante aos tratados com sinvastatina. Em conjunto, os frutos e os extratos aquosos do fruto e da casca do caule de S. purpurea se mostraram fontes de nutrientes e metabólitos secundários, como ácido ascórbico e derivados de catequina, que podem ser os responsáveis pelas ações antioxidantes e de proteção das biomoléculas à danos oxidativos, bem como a ação em reduzir colesterol sérico. A ausência de sinais de toxicidade e os potenciais farmacológicos identificados neste estudo encorajam o uso de S. purpurea como um alimento funcional.