Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Alves, Ariana Vieira
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Orientador(a): |
Sanjinez-Argandoña, Eliana Janet
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Banca de defesa: |
Cardoso, Claudia Andrea Lima
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Uchoa-Fernandes, Manoel Araecio
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1575
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Resumo: |
O consumo de insetos como alimento é praticado culturalmente em diversas regiões do mundo. No Brasil foram registradas mais de 130 espécies de insetos comestíveis, pertencentes a nove ordens, dentre as quais se destaca Coleoptera. Desta ordem, destacam-se Tenebrio molitor e Pachymerus nucleorum. A informação de que a amêndoa da bocaiuva é parasitada por larvas de P. nucleorum motivou a elaboração do primeiro manuscrito, despertando a hipótese de que essas larvas possam apresentar potencial nutricional igual ou superior ao de seus frutos. Os resultados obtidos do estudo mostraram que as proteínas representam a segunda maior porção da composição nutricional das larvas de P. nucleorum (33,13%), superior à amêndoa de bocaiuva (14,21%). Destacou-se também o elevado teor de lipídios nas larvas (37,87%), muito próximo ao da amêndoa (44,96%). Do óleo extraído das larvas, a fração correspondente aos ácidos graxos saturados foi de 40,17% e aos insaturados de 46,52%. A atividade antioxidante foi 24,3μM trolox/g de extrato do óleo. A atividade tríptica das larvas foi 0,032 + 0,006nmol BAPNA/min. As larvas e a amêndoa de bocaiuva apresentaram ausência de fatores anti-nutricionais. Estes resultados favorecem o uso de larvas de P. nucleorum como alimento humano, sendo ótima fonte proteica e lipídica com concentrações consideráveis de ácidos graxos insaturados em relação à amêndoa de bocaiuva. Diante disso, decidiu-se elaborar dietas artificiais com adição de bocaiuva para criação de T. molitor visando determinar a composição química das larvas criadas em diferentes dietas, dando origem ao segundo manuscrito. As larvas de T. molitor foram analisadas quanto a sua composição nutricional, composição de ácidos graxos, atividade antioxidante, atividade tríptica e fatores anti-nutricionais. Os resultados demostraram que as larvas de T. molitor criadas em dieta artificial com adição de bocaiuva são ótima fonte proteica (44,83%) e lipídica (40,45%), em comparação com carnes consumidas por humanos e presentam concentrações significativas de ácidos graxos insaturados (65,99%). A atividade antioxidante foi 4,5μM trolox/g do óleo das larvas. A atividade tríptica das larvas foi 0,144 + 0,003nmol BAPNA/min. As larvas apresentaram ausência de fatores anti-nutricionais. A partir desses resultados concluiuse que é possível criar larvas de T. molitor em dieta artificial com adição de farinha de bocaiuva, sem comprometer a qualidade nutricional do T. molitor, demonstrando que larvas criadas em dietas artificiais podem ser um recurso alimentício altamente nutritivo. |