Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jaqueline Alonso da
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Orientador(a): |
Nogueira, Cláudio Rodrigo
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Banca de defesa: |
Pinto, Jannaina Velasques da Costa
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Carbonezi, Lidilhone Hamerski
,
Lírio, Elton John de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5561
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Resumo: |
Como parte de nossa busca contínua por compostos bioativos de espécies aristoloquiáceas, verificamos que Aristolochia gibertii Hook. apresenta potencial antiplasmódico, antimicrobiano, citotóxico/antitumoral, larvicida e inseticida. Esta planta não é endêmica do Brasil e diferenças morfológicas conspícuas têm sido observadas entre os indivíduos desta espécie. Embora Aristolochia spp. sejam um grupo amplamente avaliado sob diferentes pontos de vista, incluindo químico, filogenético, morfológico, estudos comparativos focados abaixo do nível de espécies são escassos. Como o esclarecimento de questões inerentes a essa lacuna é relevante no âmbito da inovação tecnológica e da distribuição e diversificação de plantas, o objetivo deste trabalho foi realizar análises químicas, morfológicas, anatômicas e genéticas comparativas entre três formas de A. gibertii, cultivada na UFGD e originária de três localidades geográficas distintas (F1 Mato Grosso; F2 Selvíria- MS; F3 Dourados-MS). F1 é um exemplar típico de A. gibertii e foi utilizado como referência. As folhas foram colhidas e imediatamente secas com sílica gel. Essas amostras foram submetidas a procedimentos de extração de DNA, seguido de etapas de amplificação e sequenciamento de dois genes cloroplastidiais – rbcL e matK. A primeira rbcL concluiu 100% de identificação entre as formas, demonstrando para dúvidas futuras que apesar da morfologia diferente pertencem à mesma espécie, enquanto a sequência matK, que segundo vários autores é uma região que pode variar, permitiu confirmar F1 a F3 como A gibertii, com base nos resultados de similaridade obtidos na plataforma BOLD Systems e na exclusão de espécies classificadas que diferem morfologicamente de A. gibertii. Na análise da região matK observamos 17 sítios variáveis entre as formas, confirmando nossa hipótese de que além de diferenças morfológicas das flores a genética também apresenta variações, assim como na parte anatômica. Por meio da microscopia, foi possível identificar algumas diferenças como nas células epidérmicas das folhas de F3, os quais têm paredes anticlinais onduladas no lado adaxial e sinuosas no lado abaxial, enquanto as outras duas formas têm paredes retas em ambos os lados. A F1 apresentou características mais distintas das demais formas, apresentando cristais como drusas entre outras. A F2 tem uma composição química quase idêntica àquela de F1, corroborando os achados morfológicos que levaram à proposta de que F1-F3 são a mesma espécie. Diferenças morfológicas significativas foram observadas entre F1-F3, principalmente em relação ao tamanho da flor e proporção do comprimento entre o lábio superior e inferior. Cerca de 2 g de folhas de cada forma foram extraídas com hexanos-EtOAc 1:1 e MeOH, sucessivamente, para dar 6 extratos, que foram analisados por RMN e UHPLC-MS/MS. Diterpenoides e kusunoquinina foram encontrados como marcadores químicos de A. gibertii. Essa lignana de dibenzilbutirolactona foi encontrada em todas as amostras. Curiosamente, o ácido colavênico não foi detectado em F3, embora fosse o principal diterpenoide em F1 e F2. As outras semelhanças químicas e diferenças entre F1 e F3. Assim, nossos resultados preliminares indicaram que F1 a F3 são todos A. gibertii, que diferem não apenas morfologicamente, mas do ponto de vista genético e em termos de perfil químico. |