Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Crislaine Souza
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Orientador(a): |
Abreu, Silvana de
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Banca de defesa: |
Straforini, Rafael
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Camacho, Rodrigo Simão
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4539
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Resumo: |
É objetivo dessa pesquisa analisar o modo como a geografia, enquanto disciplina do currículo escolar, vem sendo pensada e trabalhada no interior das escolas do campo no município de Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul, a partir de 2011, sob a perspectiva dos professores e gestores escolares. Realizamos pesquisa junto a documentos e normativos que regeram (e regem) sobre a educação rural e do campo; analisamos os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas e realizamos entrevistas com os gestores das escolas, professores de geografia e com o técnico representante da Secretaria de Educação (SED/MS), da Coordenadoria de Políticas Específicas em Educação (COPEED) - SED/MS, na cidade de Dourados. Buscamos identificar como o ensino de geografia se desenvolve no interior dessas escolas, motivo pelo qual assistimos algumas aulas dos professores de geografia. O ponto de partida foi compreender a educação do campo, no Brasil e em Dourados-MS, enquanto processo histórico que responde por conquistas dos movimentos sociais na luta pela terra, entre os quais está a implantação da educação específica para os jovens e adultos do campo. Das entrevistas realizadas, tanto os professores de geografia, como os gestores das escolas, a especificidade da educação do campo tem se limitado ao eixo interdisciplinar TVT (Terra Vida e Trabalho). A percepção dos professores é de que não tem havido qualquer diferença entre o ensino de geografia das escolas urbanas e das escolas do campo, inclusive porque todas usam o mesmo referencial curricular, o mesmo calendário e os mesmos livros didáticos. Entre outras críticas, compareceu na fala dos professores, ainda, a apropriação da escola do campo pelo discurso do agronegócio, com a inserção de cursos técnicos e uso de material didático como a cartilha do “Agrinho”; a transformação de TVT em disciplina, a inexistência de referencial específico e/ou material didático para as escolas do campo. Observamos, também, na pesquisa realizada, contradições entre o dizer dos professores, a teoria que envolve os objetivos da educação do campo e a prática de sala de aula. Nesse sentido, embora sejam todas escolas do campo, verificamos que em sua maioria são ainda escolas no campo. Aspectos, contudo, que não desqualificam a existência dessas escolas, nem mesmo o trabalho dos professores de geografia que nela trabalham; antes pelo contrário, reforçam a necessidade de pesquisas e diálogos visando caminhar para construção de uma escola do campo e de uma geografia para as escolas do campo, sob a perspectiva da valorização do modo de viver campesino e não do lucro. |