Caracterização de diferentes tipos de cama de frango de corte com inclusão de gramínea desidratada e sua influência na produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Przybulinski, Bruna Barreto lattes
Orientador(a): Garcia, Rodrigo Garófallo lattes
Banca de defesa: Komiyama, Claudia Marie lattes, Takahashi, Sabrina Endo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4185
Resumo: A cama possui importância para a avicultura e a sua qualidade gera preocupação na produção, pois afeta o desempenho, a saúde, a qualidade da carcaça e o bem-estar dos frangos. No Brasil o material mais utilizado para essa finalidade é a maravalha, seguido da casca de arroz, mas o uso desses materiais vem sendo limitado pela concorrência e disponibilidade e utilizar o resíduo de corte de grama como cama na avicultura seria contribuir de forma sustentável com o ambiente. Neste contexto, o presente estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes tipos de materiais de cama com inclusão de gramínea desidratada sobre o desempenho e rendimento de carcaça, e verificar as características físico-químicas e microbiológicas dos materiais utilizados. Utilizou-se 1080 pintainhos de corte de um dia de idade, machos, da linhagem Cobb 500®, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 3x2, sendo três níveis de gramínea desidratada (0, 25 e 50%) e dois materiais de cama (casca de arroz e maravalha), com seis repetições, totalizando 36 boxes, com 30 aves cada. No que se refere às variáveis de cama, analisou-se contagem total de microorganismos e as características físico- químicas. Avaliou-se também a temperatura superficial das aves. O desempenho das aves foi analisado até os 42 dias de idade quando as aves foram abatidas e realizado o rendimento de carcaça e cortes. A inclusão de gramínea apresentou maior contagem microbiológica na fase inicial, estabilizando-se com os demais materiais depois dos 28 dias. A maior média de temperatura interna da cama foi em cama com casca de arroz (P=0,0383) que também apresentou maior capacidade de retenção de água (P<0,0001). Inclusões acima de 25% de gramínea apresentam maior capacidade de retenção de água (P=0,0018), pH (P<0,0001), umidade (P<0,0001), e teor de nitrogênio (P=0,0024) e menor densidade (P<0,0001) e FDA (P<0,0001 com 0 dia e P=0,0012 com 42 dias) na sua estrutura. As maiores emissões de amônia ocorreram na inclusão de 25% de gramínea (P=0,0213). A inclusão de gramínea desidratada não prejudicou os índices zootécnicos e rendimento de carcaça (P<0,0001), favorecendo a conversão alimentar nas fases iniciais (P=0,0119). A inclusão de gramínea pode ser utilizada em substituição de até 25% na maravalha, sem prejudicar os parâmetros físico-químicos dos materiais e desempenho das aves.