Produção da carobinha (Jacaranda decurrens Cham. ssp. symmetrifoliolata Farias & Proença) sob cinco populações de plantas, sem e com cama-de-frango em cobertura do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gouvea, Adriana Batista lattes
Orientador(a): Vieira, Maria do Carmo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1572
Resumo: Carobinha (Jacaranda decurrens Cham. ssp. symmetrifoliolata Farias & Proença) é uma planta medicinal ocorrente do Cerrado de Mato Grosso do Sul. Tem sido amplamente utilizada pela medicina popular como depurativa do sangue e cicatrizante de feridas uterinas e dos ovários, o que tem levado à sua exploração predatória. Por ser uma espécie identificada recentemente, os estudos sobre adaptação ex situ são ainda escassos. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento, o desenvolvimento e a produção da carobinha cultivada ex situ sob o efeito de cinco espaçamentos entre plantas dentro das fileiras e do uso ou não de cama-de-frango de corte semidecomposta. O experimento foi desenvolvido no Horto de Plantas Medicinais (HPM), da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, em Dourados-MS, de abril de 2006 a outubro de 2007. Foi estudada a carobinha, sob cinco espaçamentos entre plantas (0,30; 0,35; 0,40; 0,45 e 0,50 m), em solo sem e com cobertura de cama-de-frango de corte semidecomposta, na dose de 10 t ha-1. Os tratamentos foram arranjados como fatorial 5 x 2, no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. As mudas foram obtidas a partir de sementes de plantas nativas do Cerrado. Durante o ciclo de cultivo, avaliaram-se as alturas das plantas a cada 30 dias, a partir de 150 até 480 dias após o transplante (DAT). Foi feita a colheita das plantas inteiras aos 480 DAT, quando avaliaram-se as massas frescas e secas das partes aéreas e das raízes e a área foliar, além do comprimento e diâmetro da maior raiz. A altura máxima (1,58 cm) foi alcançada aos 471 DAT sob 0,50 m entre plantas e com o uso de cama-defrango. Os dados de produtividade foram influenciados significativamente pelos espaçamentos, mas não pela adição da cama. As produtividades de massas secas das folhas por planta e por hectare não foram influenciadas pelos espaçamentos, sendo as médias de 4,51 g planta-1 e 131,97 t ha-1, respectivamente. A máxima área foliar foi obtida no espaçamento 0,50 m. As maiores produções de massa secas de caules por hectare ocorreram no espaçamento de 0,30 m e por planta no de 0,35 m. Os maiores diâmetros de raiz, de xilopódio e de caule foram sob o espaçamento 0,30 m. As maiores produções de massa seca de raiz (4,564 t ha-1) e de xilopódio (2,102 t ha-1) foram obtidas no espaçamento 0,30 m, enquanto a máxima massa seca de raiz por planta ocorreu no espaçamento 0,50 m. Pelos resultados obtidos, concluiu-se que para se obter maiores produções de carobinha ela deve ser cultiva no espaçamento de 0,30 m, independente do uso de cama-de-frango.