Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gebara, Karimi Sater
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Orientador(a): |
Gasparotto Junior, Arquimedes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Faculdade de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/923
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Resumo: |
A erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) é utilizada na preparação de bebidas tônicas e estimulantes e recentemente esta espécie tem sido estudada pelos efeitos biológicos benéficos principalmente relacionados à saúde cardiovascular e ao metabolismo glicêmico. Esses benefícios são atribuídos principalmente à presença de compostos fenólicos derivados do ácido clorogênico. Buscou-se nesse ensaio quantificar o aporte de compostos fenólicos em consumidores de erva-mate em bebidas típicas chimarrão e tereré, avaliar os possíveis benefícios de erva-mate no metabolismo lipídico e glicêmico em humanos e verificar possíveis mecanismos desses benefícios em estudos com marcadores bioquímicos e antropométricos. Inicialmente, foi realizado um levantamento com 450 consumidores de tereré e chimarrão da cidade de Toledo-PR que responderam um questionário socioeconômico e sobre hábitos de consumo das bebidas típicas. O volume médio diário ingerido de chimarrão e tereré foi de 942,84 mL e 271,62 mL, respectivamente. Após o levantamento das informações das entrevistas, foram realizadas extrações que simularam o consumo de tereré e chimarrão e estimou-se que em cada 100 mL de bebida ingerida, a quantidade total de compostos fenólicos extraídos é de 673,6 mg no chimarrão e 271,62 mg no tereré. Mono-dicafeoilquínicos constituem cerca de 38,4% dos compostos fenólicos do chimarrão e 55,3% do tereré. A ingestão diária de compostos fenólicos no chimarrão varia de 529,6 a 1.765,4 mg/dia e no tereré a variação é de 583,1 a 1779,7 mg/dia. O ensaio clínico consistiu em um estudo experimental randomizado, duplo-cego e cruzado e os sujeitos da pesquisa foram homens sadios, com idade entre 45 a 65 anos. Os voluntários tomaram durante 4 semanas cápsulas de placebo ou de extrato seco de erva-mate, que forneceram cerca de 580 mg de ácidos clorogênicos, 75 mg de cafeína e 8 mg de teobromina por dia. Parâmetros antropométricos e hemodinâmicos (circunferência abdominal, peso, índice de massa corpórea, pulso, pressão arterial) e variáveis bioquímicas (perfil lipídico e glicêmico) foram verificados nos voluntários em jejum, antes e após cada período de intervenção. Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre erva-mate e placebo nos parâmetros investigados. No entanto, foi observada diferença estatisticamente significante entre os níveis de glicemia em jejum antes (4,99 ± 0,09 mmol/L) e depois (4,42 ± 0,09 mmol/L) do consumo de extrato de erva-mate. As concentrações plasmáticas da curva glicêmica, insulina e HOMA-IR mostrou tendência de redução para com o consumo da erva-mate. Níveis de HDL-c apresentaram importante elevação, embora não estatisticamente significativa. Embora o ensaio não revelou diferenças significantes entre os grupos de tratamento (erva-mate x placebo) sugere-se um interesse em potencial do consumo da espécie para a melhoria do controle glicêmico e lipídico. |