Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Macksuelle Regina Angst
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Orientador(a): |
Soares, Fabíola Lacerda Pires
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Banca de defesa: |
Lollo, Pablo Christiano Barboza
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Basile, Livia Gussoni
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Faculdade de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/61
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Resumo: |
Fundo: Dentre os transtornos alimentares, a compulsão alimentar periódica é um fator que exacerba a obesidade, pois a mesma gera mudanças na qualidade de vida e acentua as comorbidades relacionadas com o comportamento alimentar dos indivíduos. Portanto, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência da compulsão alimentar periódica entre pacientes com excesso de peso em atendimento ambulatorial e avaliar seus fatores associados. Métodos: O estudo foi transversal, em 272 pacientes, nos ambulatórios do Hospital Universitário da Grande Dourados-MS. Os dados coletados foram os sociodemográficos, comportamentais, antropométricos, clínicos e de consumo alimentar. Os testes estatísticos para as análises dos dados categóricos foram o teste de qui-quadrado ou exato de Fischer e para os dados contínuos o teste t-student ou Mann-Whitney. As variáveis que apresentaram valor de p≤0,05 na análise bivariada foram selecionadas para a análise multivariada realizada por meio da Regressão Logística. Adotou-se como nível de significância p≤0,05. Resultados: Dos avaliados, 32,7% apresentavam compulsão alimentar periódica, sendo esta mais prevalente entre mulheres (77,6%) e adultos (82%; p=0,007). Quanto à satisfação corporal, 76,4% dos indivíduos com compulsão estavam insatisfeitos. Dos pacientes com compulsão, 57,3% referiram ter seguido alguma dieta. Na avaliação das comorbidades, 53,7% dos pacientes eram hipertensos, 38,6% dislipidêmicos e 26,1% diabéticos. Na frequência alimentar, foi observado que a ingestão de bebidas açucaradas foi maior no grupo com compulsão (p=0,05). Conclusão: Concluímos que a prevalência de compulsão alimentar nessa população é elevada, e que o perfil dos pacientes comedores compulsivos é composto, em sua maioria, por mulheres e adultos, sugerindo que tais classes sofrem maiores pressões culturais e sociais relacionadas ao excesso de peso. Outro fator que chama a atenção é a insatisfação com a imagem corporal, o que pode ser um importante gatilho para a compulsão alimentar. Além disso, o sedentarismo e a ingestão alimentar inadequada são fatores que certamente colaboram para o desencadeamento das doenças observadas nesse grupo. Portanto, esta pesquisa pode servir como importante fonte de dados para a elaboração e direcionamento de políticas públicas voltadas para a prevenção e tratamento da obesidade em grupos mais susceptíveis. |