Análise da incorporação de elementos terras-raras na estrutura de cerâmicas ferroelétricas livres de chumbo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Maycon dos lattes
Orientador(a): Botero, Eriton Rodrigo lattes
Banca de defesa: Milton, Flávio Paulo lattes, Vieira, Heberth Juliano lattes, Zabotto, Fabio Luis lattes, Nobrega, Jaldair Araujo e lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5818
Resumo: O uso de materiais com propriedades piezoelétricas tem atraído cada vez mais o interesse de pesquisadores no campo científico e tecnológico. Porém, grande parte desses materiais possuem chumbo em sua composição, o que limita sua utilização devido à alta toxicidade. Dessa forma existe a necessidade de substituição destes materiais por outros de mesmas propriedades, porém sem a presença de chumbo em sua composição. Uma alternativa viável e cada vez mais estudada é o uso de materiais piezoelétricos do sistema niobato de sódio e potássio (KNN). O KNN é considerado um candidato promissor devido à sua alta temperatura de Curie, boas propriedades ferroelétricas e grandes coeficientes de acoplamento eletromecânico. Recentemente, óxidos de lantanídeos, como La2O3, Nd2O3 e Yb2O3 têm sido usados como dopantes em sistemas piezoelétricos, inclusive nos livres de chumbo. A dopagem com elementos terras-raras gera defeitos pontuais, já que em geral possuem valência distinta, tanto no sítio A quanto no sítio B em função do seu raio atômico. Neste trabalho cerâmicas do sistema (x)KNbO3/(1-x)NaNbO3 dopadas com 1% em peso do óxidos La2O3, Nd2O3 e Yb2O3 foram preparadas pela rota convencional de mistura de óxidos para diferentes estequiometrias (x = 48, x = 50 e x = 52) em torno do contorno de fase morfotrópico do KNN. As análises estruturais por espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), espectroscopia RAMAN e difração de raios X mostraram a formação da fase perovskita desejada, porém com simetria variável em função do dopante terra-rara adicionado. Um estudo das propriedades ferroelétricas evidência que cada dopante adicionado gera um tipo de defeito no sistema. Tais defeitos variam de acordo com a estequiometria do KNN e do raio atômico do terra-rara utilizado como dopante.