Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Natalia Dias
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Orientador(a): |
Mauad, Munir
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Banca de defesa: |
Cardozo, Leomara Vieira de França
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Masetto, Tathiana Elisa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5000
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Resumo: |
A produção de sementes de forrageiras tropicais têm se baseado no conhecimento básico dos produtores, pois há escassez de resultados disponíveis e acessíveis sobre manejo desses campos. A uniformização e a adubação das plantas forrageiras podem incrementar a produtividade e a qualidade de sementes de Brachiaria brizantha. Neste contexto, objetivou-se avaliar o manejo do crescimento de plantas, por meio de cortes de uniformização, e a aplicação de doses de boro, na produtividade e na qualidade de sementes de Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás. O experimento foi conduzido na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande-MS, na safra 2018/19. O manejo do crescimento foi realizado nos dias 11/01 (67 dias após a semeadura – DAS) e 25/01/2019 (81 DAS) e, como testemunha, foram usadas plantas em crescimento livre (SEM). O boro foi aplicado via foliar no início da diferenciação floral, nas doses 0, 1, 2, 4 e 8 kg ha-1, sob a forma de ácido bórico. Foram avaliados o período entre o início e o pleno florescimento, número máximo de inflorescências, clorofila (unidade SPAD), quantidade e viabilidade dos grãos de pólen, produtividade de sementes total e de sementes puras, porcentagem de sementes puras, porcentagem do número de sementes cheias e vazias, peso de mil sementes, viabilidade pelo teste de tetrazólio, condutividade elétrica, teste padrão de germinação, primeira e segunda contagem de germinação e índice de velocidade de germinação. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em arranjo fatorial 3x5 (manejo do crescimento x doses de boro). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, com comparação de médias pelo teste de Tukey (5%), utilizando-se os programas estatísticos R versão 3.6.0 e SAS versão 9.3. O manejo da uniformização interferiu no ciclo da cultura, aumentando o período compreendido entre a semeadura e a colheita em até 40 dias em relação as plantas em crescimento livre. O início do florescimento ocorreu, em média, 18 dias após o início da diferenciação em perfilhos reprodutivos e o pleno florescimento ocorreu cinco dias após o início do florescimento, para todos os manejos de crescimento. O pleno florescimento (PF) das plantas ocorreu em 30/01, 15/02 e 25/02/2019 e a colheita das sementes nas inflorescências (cacho) em 07/03 (30 dias após PF), 26/03 (34 dias após PF) e 16/04/2019 (45 dias após PF), respectivamente para plantas do manejo SEM, 67 DAS e 81 DAS. Nenhum tratamento apresentou diferença quanto ao teor de clorofila pela unidade SPAD. O número e a viabilidade dos grãos de pólen por antera foram maiores quando as plantas foram mantidas em crescimento livre. O manejo do crescimento pela uniformização das plantas proporcionou incremento da produtividade de sementes em até 355%. Quando efetuado aos 81 DAS, resultou na maior produtividade de sementes puras, de 90,9 kg ha-1, bem como no maior peso de mil sementes, de 5,8 g, seguido pelo manejo aos 67 DAS e SEM, sendo as produtividades, respectivamente, 55,7 kg ha-1 e 26,9 kg ha-1. As sementes provenientes das plantas uniformizadas aos 81 DAS apresentaram maior porcentagem de germinação na segunda contagem e maior índice de velocidade de germinação, sendo consideradas de melhor qualidade que as dos demais tratamentos. A condutividade elétrica variou com relação aos manejos de crescimento e a uniformização aos 67 DAS proporcionou o maior vigor de sementes. Os tratamentos não influenciaram na viabilidade das sementes e, quando comparado com o teste padrão de germinação, foi possível constatar a presença de dormência. Assim, concluiu-se que aplicação do boro na parte aérea de B. brizantha cv. BRS Paiaguás, no início da diferenciação floral, não influenciou as variáveis avaliadas, de maneira isolada nem em combinação com os manejos de uniformização. A uniformização do crescimento realizada aos 81 DAS proporcionou aumento do ciclo da cultura, prolongou o período de florescimento, incrementou a produtividade de sementes puras e o peso de mil sementes e resultou em maior índice de velocidade de germinação. |